Governador Elmano esteve na COP30 durante o 4º dia de evento. Fotos: GovCE

O Governo do Ceará, representado por Elmano de Freitas (PT) participou, no quarto dia da COP30, evento que segue até 21 de novembro, do painel “Do Nordeste para o Mundo: o papel da Caatinga e do Hidrogênio Verde para a Transição Energética Justa”, no Pavilhão Brasil.

Sendo o porta-voz dos estados do Nordeste, ele destacou o pioneirismo do Ceará na agenda ambiental e o papel das energias renováveis no desenvolvimento com inclusão social. “O Governo do Estado é um parceiro da sociedade civil para que as políticas públicas possam avançar com inclusão social e justiça ambiental”, afirmou o governador.

Pautas principais

Durante o painel, Elmano relembrou iniciativas que colocaram o Ceará na vanguarda da transição energética, como os primeiros parques eólicos comerciais do país, a planta de biodiesel e bioquerosene de aviação, o atlas eólico e solar, a primeira injeção de biogás na rede de gás natural e a primeira usina solar conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Projetos que abriram caminho para o atual Hub de Hidrogênio Verde instalado no estado.

Elmano foi o representante da região Nordeste no painel

O governador também evidenciou o protagonismo do Nordeste no setor energético. A região concentra seis dos dez maiores produtores de energia solar do Brasil, responsáveis por 52% da potência instalada, e oito dos dez maiores produtores de energia eólica, com 90% da capacidade nacional. Bahia, Pernambuco e Ceará figuram entre os líderes da geração distribuída, somando 5,3 GW instalados. Ele reforçou a necessidade de ampliar o acesso às fontes limpas para famílias de baixa renda, citando o Minha Casa Minha Vida.

No campo do Hidrogênio Verde, Elmano apresentou os nove pontos estratégicos que fortalecem o Ceará, incluindo localização privilegiada, infraestrutura e parcerias já consolidadas. O estado detém o maior número de acordos assinados para produção de H2V e derivados no país. Entre os avanços, destacou o terminal previsto para 2026 no Complexo do Pecém, que será dedicado ao escoamento da amônia verde. “O mundo exige a transição da matriz energética, e o Hidrogênio Verde é uma das principais alternativas para substituir os combustíveis fósseis”, defendeu.

Elmano tratou ainda do cenário de oportunidades para investidores, exemplificado pela recente chamada pública da Nova Indústria Brasil, inicialmente estimada em R$ 10 bilhões, mas que recebeu solicitações quase 13 vezes superiores. No Ceará, o ambiente favorável é reforçado por parcerias com instituições de ensino superior voltadas à formação em energias renováveis. 

O Estado contou com delegação diversa em Belém

Plano estadual Ceará Edimpacto

Na COP30 também foram apresentados os avanços do Plano Estadual de Economia de Impacto – Ceará Edimpacto, lançado em outubro pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE). O Estado participou do Painel dos Estados do Simpacto: Negócios de Impacto Climático e Desenvolvimento Industrial, ao lado de Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. 

O plano consolida o Ceará como referência nacional na integração entre desenvolvimento industrial, inovação e sustentabilidade. Entre os destaques estão:

> Governança multissetorial, reunindo 17 instituições públicas e privadas;

> Políticas baseadas em evidências, estruturadas no Eixo 6 – Pesquisa, Dados e Monitoramento;

> Interiorização da economia de impacto, por meio de consórcios regionais e redes locais articuladas em todo o estado.