A iniciativa coloca o Brasil em sintonia com centros globais de excelência – Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil

Em um movimento que reposiciona o país no cenário internacional de inovação médica, o Ministério da Saúde anunciou a implantação do primeiro hospital inteligente do SUS no tradicional Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. Com investimento previsto de R$ 1,7 bilhão, o projeto integra uma estratégia ampla de modernização, que inclui uma rede nacional de serviços de alta precisão e a criação de 14 UTIs distribuídas pelas cinco regiões brasileiras.

A iniciativa coloca o Brasil em sintonia com centros globais de excelência, fortalecendo a presença nacional no ecossistema de tecnologias emergentes em saúde. O novo instituto se apoia em soluções de inteligência artificial, informação em tempo real e protocolos avançados de atendimento — pilares centrais do conceito de hospital inteligente.

Futuro da medicina pública

O acordo de cooperação firmado na sexta-feira (14) entre o Ministério da Saúde, a USP e o governo do Estado de São Paulo — responsável pela cessão do terreno — representa um marco estratégico. A proposta segue para avaliação final do Banco do BRICS, onde o pedido de financiamento encontra-se em estágio avançado.

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca que o Brasil se integra a uma nova rota global de transformação da saúde

Segundo o ministro Alexandre Padilha, a iniciativa só se torna viável graças à colaboração internacional que envolve bancos multilaterais, parceiros institucionais e centros de pesquisa. Ele destaca que o Brasil se integra a uma nova rota global de transformação da saúde:
“O Brasil entra com força nesse novo ambiente global de reorganização da saúde, onde tecnologia da informação, inteligência artificial e práticas inovadoras estão redesenhando a forma de cuidar das pessoas.”

Medicina de precisão no centro da assistência

Idealizado pela Professora Titular de Emergências da USP, Ludhmila Hajjar, o projeto do Hospital Inteligente de Urgência e Emergência posiciona o atendimento crítico no mais alto padrão tecnológico. Para a especialista, o impacto será imediato nos casos de maior gravidade:
“O paciente grave, de emergência, é o que mais se beneficia dessas tecnologias redutoras de tempo, que vão instituir terapias personalizadas.”

A proposta conecta o SUS ao que há de mais avançado em medicina de precisão, com foco na segurança e eficiência para o paciente de alta complexidade — um salto histórico para o sistema público.