OTIMISMO

Morgan Stanley projeta virada histórica e vê Ibovespa rumo aos 200 mil pontos em 2026

Por Redação - Em 18/11/2025 às 12:16 PM

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Segundo o relatório, o Brasil reúne condições para se tornar um dos destaques globais no próximo ciclo, impulsionado principalmente por uma possível redução do custo de capital

O Morgan Stanley divulgou novas projeções para os mercados latino-americanos e reforçou sua visão otimista para o Brasil em 2026. O banco mantém o país como overweight na região e estima que o Ibovespa pode alcançar 200 mil pontos até o fim de 2026, um avanço de cerca de 27% em relação ao nível atual.

Segundo o relatório, o Brasil reúne condições para se tornar um dos destaques globais no próximo ciclo, impulsionado principalmente por uma possível redução do custo de capital. O banco avalia que tanto o cenário-base quanto o cenário otimista convergem para um ambiente de juros mais baixos, o que tende a destravar investimentos e ampliar o apetite por risco.

Participação dos brasileiros

Os estrategistas lembram que os investidores locais seguem com uma participação historicamente baixa na renda variável — entre 15% e 20% das ações em circulação. Com juros reais ainda muito elevados, o Morgan calcula que um corte acumulado de 3,5 pontos percentuais poderia realocar entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões para a Bolsa em 2026.

Eleições e política monetária

Para o banco, 2026 será um ano de transição, marcado por eleições em vários países da região e pela expectativa de uma guinada na política monetária. No Brasil, a disputa presidencial de outubro pode redefinir prioridades econômicas, especialmente no campo fiscal.

Mesmo assim, o Morgan Stanley avalia que a relação risco-retorno para Brasil e Argentina raramente foi tão favorável. O estudo aponta que um ciclo de afrouxamento monetário já no primeiro trimestre de 2026 pode desencadear uma retomada do investimento e preparar o terreno para um crescimento mais sólido em 2027.

Cenários para o Ibovespa: entre 95 mil e 240 mil pontos

O banco trabalha com três possibilidades:

Cenário otimista: Ibovespa a 240 mil pontos, impulsionado por juros menores e maior entrada de capital.

Cenário base: índice a 200 mil pontos.

Cenário pessimista: retorno a 95 mil pontos, caso os juros permaneçam altos por mais tempo e o quadro fiscal piore.

A manutenção de juros elevados ao longo de 2026, segundo a análise, poderia gerar compressão de múltiplos, queda nos lucros corporativos e risco de recessão no fim de 2026 e início de 2027.

América Latina em foco

A visão do Morgan também destaca:

Argentina: overweight, com expectativa de reequilíbrio econômico.

México: posição neutra, em meio a incertezas sobre política monetária.

Chile e Colômbia: países que já anteciparam ciclos de mudança monetária e apresentaram desempenho acima do previsto.

Ações favoritas e setores

O banco segue posicionado em temas estruturais da região, incluindo:

Tecnologia e digitalização: Mercado Livre e Nubank;

Energia e petróleo: Petrobras, Vista, Axia e PRIO;

Defesa: Embraer.

Já o setor de consumo permanece underweight, diante do impacto prolongado dos juros altos sobre a renda das famílias.

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