Lula, governadores, ministros e outras autoridades estiveram na cerimônia. Fotos: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18), durante a inauguração da ponte sobre o Rio Araguaia, que liga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA), na BR-153, que gestores públicos têm o dever de dar continuidade às obras iniciadas por administrações anteriores. Nesse caso, o projeto foi iniciado no governo da então presidente Dilma Rousseff. 

“Este país sempre pagou um preço muito caro de irresponsabilidade de prefeitos que não querem fazer a obra do outro prefeito, de governador que não quer fazer a obra do outro governador e de presidente que não quer fazer a obra do outro presidente. Enquanto a ignorância permeia na cabeça dos dirigentes, quem paga o pato é o povo brasileiro que não recebe os benefícios que precisava receber”, enfatizou Lula.

O presidente acrescentou que “[…] Não importa quem começou. O que importa é que, se a obra for importante, o povo precisa daquela obra”, ao relembrar empreendimentos paralisados identificados no início de seu terceiro mandato, em 2023.

Novo trajeto

A ponte entre PA e TO possui 2.010 metros de extensão

A ponte Pará-Tocantins substitui a atual travessia por balsa, que pode custar mais de R$ 300 por viagem. Com 2.010 metros de extensão — 310 metros no Pará e 1.700 metros no Tocantins —, a estrutura recebeu investimentos de R$ 232,3 milhões, dos quais R$ 28,8 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

Lula também comentou o impacto da antiga travessia. “Eu sei o sacrifício que essa balsa causava a todo mundo. Mas seria injusto da minha parte fazer apenas críticas à balsa e não reconhecer que, graças a Deus, tinha uma balsa para atravessar as pessoas quando o Estado não cumpria com a sua função“.

Segundo o governo, a obra é considerada um marco para a logística e o desenvolvimento socioeconômico do Norte do país. A expectativa é de que fortaleça o corredor de transporte da BR-153 e facilite o escoamento da produção agropecuária e industrial. 

Está previsto ainda um sistema de iluminação pública em sua segunda fase de implantação, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os estudos técnicos estão em andamento, e a licitação está prevista para o primeiro semestre de 2026.