Inovação Médica

Ministério da Saúde lança rede nacional de hospitais inteligentes no SUS

Por Julia Fernandes Fraga - Em 19/11/2025 às 12:15 AM

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Projeto integra o ‘Agora Tem Especialistas’. Foto: Luiza Frazão/MS

O Ministério da Saúde anunciou nessa terça-feira (18), em Brasília, a criação de uma rede nacional de hospitais e serviços inteligentes e de medicina de alta precisão no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa reúne tecnologia avançada, alta especialização e cooperação internacional para modernizar o atendimento.

De acordo com o ministério, “serão serviços totalmente digitais, com monitoramento contínuo, integração entre equipamentos e sistemas de informação”. A pasta acrescentou que a tecnologia permitirá previsão de agravos, apoio à tomada de decisões clínicas, otimização de avaliações e troca de conhecimento entre especialistas de diferentes regiões, além da conexão com uma central de pesquisa e inovação. 

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “[…] hoje, nós estamos entrando em uma nova era de inovação para o SUS e para a saúde do país”. Ele destacou também que a ação vai além de obras e reformas, “é um movimento de incorporação tecnológica, de parcerias de transferência tecnológica”.

Detalhes

A proposta do MS inclui a implantação de 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) automatizadas, interligadas entre as cinco regiões do país, além da construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), que será o primeiro hospital inteligente do Brasil. 

As UTIs inteligentes serão instaladas em hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde, juntamente com gestores de 13 estados, nas cidades de Manaus, Dourados (MS), Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. Em nota, a pasta informou que outras oito unidades hospitalares serão modernizadas “com envolvimento de universidades e secretarias de saúde”.

A rede integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do atendimento especializado na rede pública. Segundo dados oficiais, o uso de tecnologias como inteligência artificial e big data pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimentos de emergência, além de agilizar diagnósticos e tornar o cuidado especializado mais preciso.

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