Marcelo Noronha é CEO do Bradesco – Foto: Divulgação

Ao completar dois anos à frente do Bradesco, Marcelo Noronha entrega um ciclo marcado por evolução operacional, melhora consistente dos indicadores e reconhecimento do mercado. Em 2025, as ações da instituição acumularam alta de 63,5%, desempenho que reflete a combinação de racionalização de custos, concessão de crédito mais criteriosa e recuperação gradual da rentabilidade.

O banco registrou avanço no lucro líquido e redução da inadimplência — movimento mais perceptível entre clientes de menor renda. Em paralelo, reforçou o posicionamento no segmento de alta renda, com expansão da carteira de cartões e aumento da receita proveniente de juros. O executivo reconhece que 2026 tende a trazer volatilidade eleitoral, mas avalia que eventuais novos cortes na taxa básica podem estimular a demanda por crédito e atenuar riscos no curto prazo.

A agenda de eficiência também avança com ajustes estruturais. O fechamento de unidades físicas e o direcionamento de investimentos para inteligência artificial, automação e processos data-driven ampliam a competitividade do banco em um ambiente de transformação digital acelerada. A estratégia se reflete no desempenho da carteira de crédito, que cresceu quase 10% nos nove primeiros meses do ano, impulsionada por operações com garantias e maior presença entre empresas de médio porte.