luto na música
Eterna lenda do reggae, Jimmy Cliff morre aos 81 anos
Por Marlyana Lima - Em 24/11/2025 às 5:53 PM

Um dos grandes pioneiros do reggae, Jimmy Cliff ajudou a consolidar o gênero que nasceu na Jamaica – Foto: Reprodução / Instagram
O mundo da música perdeu, nesta segunda-feira (24), um de seus pilares mais emblemáticos. Jimmy Cliff, ícone jamaicano e um dos maiores nomes do reggae, morreu aos 81 anos, deixando um legado que atravessou gerações e fronteiras. A confirmação foi feita por sua esposa, Latifa Chambers, que anunciou o falecimento nas redes sociais.
Segundo o comunicado, o artista foi vítima de uma convulsão seguida de pneumonia. Em sua homenagem, Latifa revelou a dimensão humana do cantor: “É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, morreu devido a uma convulsão seguida de pneumonia…”. Ela também agradeceu fãs e colaboradores, destacando o apoio que sempre impulsionou o músico ao longo de sua trajetória.
Um pioneiro do reggae e voz de resistência
Considerado um dos grandes pioneiros do reggae, Jimmy Cliff ajudou a consolidar o gênero que nasceu na Jamaica e conquistou o planeta. Sua jornada musical teve início oficial em 1967, com o álbum Hard Road to Travel, marco inaugural de uma carreira que se tornaria histórica.
Cliff não apenas gravou dezenas de álbuns e singles; ele moldou a própria identidade do reggae. Foi vencedor do Grammy pelos discos Cliff Hanger (1985) e Rebirth (2012), além de influenciar movimentos culturais e sociais com suas letras marcadas pela crítica, espiritualidade e esperança.
Relação profunda com o Brasil
Jimmy Cliff nutria um carinho especial pelo Brasil. Em 1968, ao participar do Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, conquistou imediatamente o público brasileiro. Voltou ao país em 1984, 1990, 1993 e 1998 — e chegou até a viver no Rio de Janeiro e em Salvador por alguns anos, fortalecendo ainda mais sua conexão com o público local.
Sua obra reúne clássicos que atravessaram décadas e continuam presentes em repertórios e playlists, como “Reggae NIght”, “Rebel in Me”, “We All Are One”, “Many Rivers to Cross”, “Vietnam” e a célebre interpretação de “I Can See Clearly Now”.
O último álbum do artista, Refugees, lançado em 2022, reafirmou sua vitalidade criativa e seu compromisso com causas humanitárias — marca constante em sua carreira.
Mais notícias
Saúde Pública

























