US$ 54,7 milhões
Obra de Frida Kahlo estabelece novo recorde e se torna a mais valiosa já vendida por uma artista mulher
Por Redação - Em 25/11/2025 às 9:00 AM

Produzida em 1940, “El sueño” pertence a um momento de transição na carreira da artista
A pintura “El sueño (La cama)”, de Frida Kahlo, alcançou US$ 54,7 milhões em leilão realizado pela Sotheby’s, em Londres, na última quinta-feira (20). O valor faz da artista mexicana a autora da obra mais cara já arrematada no mercado internacional entre mulheres.
O recorde supera a marca anterior da própria Kahlo, registrada em 2021, quando “Diego y Yo” foi vendida por US$ 34,9 milhões. Até então, o título de obra feminina mais valiosa era de Georgia O’Keeffe, com “Jimson Weed/White Flower No. 1”, vendida em 2014 por US$ 44,4 milhões.
Produzida em 1940, “El sueño (La cama)” pertence a um momento de transição na carreira da artista. A tela retrata Frida deitada em uma cama colonial adornada por uma colcha dourada e trepadeiras, enquanto um esqueleto com flores e dinamites repousa sobre a estrutura. A última exibição pública do quadro ocorreu nos anos 1990.
A venda reacendeu debates sobre o acesso público à obra, uma vez que ela está entre as poucas peças de Kahlo em coleções privadas fora do México. No país, seus trabalhos são considerados monumentos artísticos, impossibilitando a comercialização internacional. “El sueño (La cama)” havia sido negociada pela última vez em 1980, por US$ 51 mil.
A família celebrou a nova valorização. A sobrinha-neta da pintora, Mara Romeo Kahlo, afirmou que o resultado reforça o alcance global da imagem de Frida.
Frida Kahlo completaria 119 anos em 2026. Sua produção reúne cerca de 200 pinturas marcadas por referências à cultura mexicana, temas identitários, questões sociais e experiências pessoais. O interesse por sua obra cresceu especialmente a partir dos anos 1970, apoiado pelo movimento feminista.
Outras pinturas da artista também têm se destacado no mercado, como “Retrato de una mujer de blanco”, vendida em 2019 por US$ 5,8 milhões, e “Cesta con flores”, arrematada por US$ 3,13 milhões em 2016. Já “Diego y Yo”, segunda obra mais valiosa entre artistas mulheres, saltou de US$ 1,4 milhão em 1990 para US$ 34,9 milhões quando voltou a leilão três décadas depois.
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