DIZ SECRETÁRIA
Governo busca acelerar acordo com EUA para eliminar tarifas sobre exportações brasileiras
Por Redação - Em 25/11/2025 às 2:13 PM

Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a suspensão da cobrança adicional sobre mais de 200 itens agrícolas foi um passo importante, mas insuficiente
O governo brasileiro intensificou as negociações com os Estados Unidos para tentar pôr fim às tarifas extras que ainda recaem sobre parte relevante das exportações nacionais. Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, mais de 20% dos produtos enviados ao mercado norte-americano seguem pagando alíquotas elevadas, mesmo após a retirada de sobretaxas anunciada na semana passada.
Em participação em um encontro empresarial da Amcham, em São Paulo, Tatiana destacou que a prioridade agora é avançar sobre o conjunto de bens industriais — especialmente máquinas e equipamentos — que ainda enfrentam tarifas de 40% ou até 50%. “Há um esforço contínuo para encontrar uma solução com o governo americano. Já tivemos várias rodadas de conversas e queremos encerrar esse capítulo rapidamente”, afirmou.
A secretária explicou que a ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, que suspendeu a cobrança adicional sobre mais de 200 itens agrícolas, foi um passo importante, mas insuficiente. O objetivo agora é eliminar o que ela classificou como “tratamento discriminatório” e restabelecer condições equilibradas de comércio entre os dois países.
Tatiana também sinalizou que o Brasil está disposto a discutir temas amplos da relação econômica, inclusive questões regulatórias que envolvem grandes empresas de tecnologia.
Medidas de apoio aos exportadores
Durante o evento, a secretária reforçou ainda o apelo para que o Congresso vote a Medida Provisória do programa Brasil Soberano, que prevê auxílio a empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Ela ressaltou que a aprovação do projeto que autoriza a devolução de parte dos resíduos tributários — entre 3% e 6%, conforme o porte da empresa — também é essencial para reduzir os prejuízos do setor exportador.
O governo avalia alternativas caso a MP perca validade em 11 de dezembro. Na segunda-feira, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, afirmou que uma nova medida provisória poderá ser editada para garantir a continuidade das regras.
Mais notícias
DO PIAUÍ AO CEARÁ




























