RESULTADO POSITIVO
Inadimplência tem desaceleração e varejo cearense mantém trajetória de resiliência
Por Marcelo Cabral - Em 25/11/2025 às 6:41 PM
O Radar do Varejo Cearense, referente ao mês de outubro, revelou um dado considerado positivo pelos analistas: o ritmo de crescimento da inadimplência no Ceará segue perdendo força. A taxa de aumento do número de consumidores negativados, que havia registrado 10,9% em setembro de 2025 na comparação anual, desacelerou para 7,9% no mês passado, segundo o levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE).

Comércio varejista cearense segue com vendas em expansão Foto: Douglas Filho/Portal IN
Apesar da desaceleração, o volume de consumidores inadimplentes ainda apresenta alta quando o recorte da pesquisa se refere ao ano anterior. Em outubro de 2025, o total de negativados cresceu 7,9% em comparação ao mesmo mês de 2024, segundo o Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas do Ceará, do SPC Brasil. Cada devedor possui, em média, R$ 4.529,00 em dívidas, montante que aumentou 8,9% em relação a outubro de 2024. Do total de negativados, 31,7% acumulam débitos de até R$ 500,00 e 19,7% devem entre R$ 2,5 mil e R$ 7,5 mil. Já 16,7% têm situação mais complicada e enfrentam dívidas superiores a R$ 7,5 mil.
A leitura dos dados ocorre em um cenário no qual o comércio cearense mantém desempenho considerado resiliente. Segundo Freitas Cordeiro, presidente da FCDL-CE, o volume de vendas do comércio no terceiro trimestre indica que o Ceará continua avançando no acumulado de janeiro a setembro de 2025, ainda que em um ritmo mais moderado. “Essa desaceleração, alinhada ao movimento nacional, reforça que, mesmo enfrentando um ambiente desafiador, o varejo cearense demonstra resiliência e desempenho superior ao panorama brasileiro“, afirma.
Criação de empregos formais
No mercado de trabalho, o Ceará também exibe números expressivos, ainda que marcados por desaceleração. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que, de janeiro a setembro de 2025, o Estado registrou saldo de 51.118 vagas formais criadas, abaixo das 55.064 abertas no mesmo período de 2024. A diferença aponta perda de ritmo, mas o volume de postos de trabalho gerados segue robusto e sinaliza manutenção da atividade econômica em níveis relevantes.
Somente em setembro deste ano, foram criados 10.561 empregos formais, resultado direto da diferença entre admissões e demissões no mês. O setor de serviços liderou o saldo, com 3.727 novas vagas, seguido pelo comércio, que registrou 1.458 postos abertos – fruto de 12.698 contratações e 11.240 desligamentos, revelando que, mesmo com um ambiente econômico moderado, o Ceará segue gerando novas oportunidades.
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