ATIVOS DIGITAIS
Criptoeconomia brasileira vê avanço após novas regras, mas empresas ainda apontam insegurança regulatória
Por Redação - Em 27/11/2025 às 1:01 PM

Segundo o relatório, 80% das empresas consideram as criptomoedas o fator de maior impacto em seus modelos de negócio
Levantamento da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), realizado em parceria com a PwC Brasil, revela que a maior parte das empresas do setor ainda enxerga a regulação como o principal desafio para a expansão da criptoeconomia no país. Mesmo assim, as mudanças recentes adotadas pelo Banco Central e pela Receita Federal vêm sendo interpretadas como um passo importante para dar mais previsibilidade e segurança ao mercado.
O estudo abrange dados coletados até maio de 2025, período anterior ao conjunto de normas divulgado pelo Banco Central em 10 de novembro deste ano, que redefiniu o funcionamento dos serviços ligados a ativos digitais no Brasil e estabeleceu novas obrigações de transparência e governança.
Apesar da percepção de entraves, o setor demonstra forte confiança no potencial da tecnologia. Segundo o relatório, 80% das empresas consideram as criptomoedas o fator de maior impacto em seus modelos de negócio, enquanto blockchain e tokenização seguem sendo vistas como bases estruturantes da economia digital.
Para o diretor de Educação e Pesquisa da ABcripto, Fabio Moraes, o ambiente regulatório será determinante para o próximo ciclo de expansão. Ele destaca que o país já reúne capacidade técnica e maturidade para avançar, mas carece de regras estáveis. Ele avalia que a combinação entre inovação e segurança jurídica tende a destravar ganhos de escala, eficiência e inclusão.
O levantamento também aponta que 73% das empresas dizem ter profundo domínio técnico sobre criptoativos, e 97% enxergam ganhos concretos no uso das moedas digitais em áreas como investimentos, liquidez e meios de pagamento.
Além da regulação, o setor manifesta preocupação com cibersegurança, falta de mão de obra especializada, risco de fraudes e limitações tecnológicas. A consolidação do mercado, segundo 60% das empresas, deve ocorrer em um intervalo de dois a cinco anos.
Mais notícias
Registro Natalino
























