Gianni Infantino concedeu o prêmio a Trump. Fotos: Reprodução/Instagram

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta sexta-feira (5), em Washington, a primeira edição do recém-criado Prêmio da Paz da Fifa, entregue durante o sorteio da Copa do Mundo de 2026. A premiação, anunciada em novembro, reconhece pessoas que tenham adotado “medidas excepcionais e extraordinárias pela paz”. 

A Fifa criou o prêmio como parte de sua iniciativa “O Futebol Une o Mundo”, mas não esclareceu os critérios de seleção. A cerimônia contou também com a presença da presidente do México, Claudia Sheinbaum, e do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney. Os três países sediarão juntos o próximo torneio.

EUA, México e Canadá são os anfitriões da Copa 2026

“Grande honra”

Donald Trump recebeu o troféu das mãos do presidente da Federação, Gianni Infantino, que já o havia elogiado publicamente e defendido sua indicação ao Nobel da Paz. A proximidade entre ambos gerou críticas, com questionamentos sobre a neutralidade política da entidade. 

A Fifa afirma que o dirigente mantém encontros com diversos líderes mundiais e que sua atuação busca promover o futebol globalmente.

Episódios como a abertura de um escritório da entidade na Trump Tower e viagens conjuntas alimentaram debates sobre possível politização. Em outro momento, delegados da União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) chegaram a abandonar um congresso após atraso de Infantino, que acompanhava Trump em viagem ao Oriente Médio. Gianni argumenta que o futebol pode contribuir para esforços de reconstrução e paz.

Ao agradecer, Trump afirmou ser “uma das maiores honras” de sua vida e citou conflitos que, segundo ele, teriam sido encerrados durante sua gestão. O presidente estadunidense tem histórico de reivindicações ao Nobel da Paz e voltou a declarar que deveria receber a honraria.

 

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