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Cade aprova fusão entre Petz e Cobasi com exigência de desinvestimentos
Por Redação - Em 10/12/2025 às 3:05 PM

A decisão do tribunal diverge do entendimento inicial da Superintendência-Geral, que havia aprovado a fusão sem restrições em junho
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira (10), a fusão entre as redes de pet shop Petz e Cobasi. A decisão está condicionada à assinatura de um Acordo em Controle de Concentração (ACC) que prevê a venda de ativos, principalmente no Estado de São Paulo, além de outras medidas comportamentais que ainda não foram detalhadas publicamente.
A aprovação seguiu o voto do relator José Levi Mello do Amaral Jr., acompanhado pela maior parte do plenário. Ele afirmou que o conjunto de medidas negociadas tende a resultar em um cenário concorrencial mais favorável. “Pode não ser perfeito, mas o ótimo é inimigo do bom. Nesse sentido, me parece bom o ACC”, disse.
O processo tramita no Cade desde 2024 e ganhou participação da Petlove, terceira maior empresa do setor, que entrou como interessada e inicialmente defendia a rejeição da operação. A companhia flexibilizou suas posições ao longo das discussões.
A decisão do tribunal diverge do entendimento inicial da Superintendência-Geral, que havia aprovado a fusão sem restrições em junho. Um recurso apresentado posteriormente levou o caso ao julgamento no plenário. Em outubro, o Cade realizou audiência pública com representantes do governo, parlamentares, entidades do setor e organizações de defesa da concorrência.
Além da Petlove, que se apresentou como potencial compradora dos ativos a serem desinvestidos, ao menos outra empresa manifestou interesse em adquiri-los.
O presidente do Cade, Gustavo Augusto Freitas de Lima, acompanhou o relator e considerou adequado o conjunto de medidas negociadas. “O pacote é atrativo e combina remédios estruturais com obrigações comportamentais rigorosas”, afirmou.
A única divergência da sessão veio da conselheira Camila Cabral, que criticou aspectos metodológicos dos estudos do Departamento de Estudos Econômicos (DEE) e apontou limitações nas análises concorrenciais. Para ela, mesmo após os ajustes previstos no acordo, persistem “muitos problemas”.
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