Segundo a presidente da Comissão Europeia, o avanço do pacto depende de uma sinalização política dos 27 Estados-membros para que o processo chegue à etapa final de assinatura

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, voltou a defender, nesta quinta-feira (18), a aprovação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, em meio à resistência de alguns países do bloco, especialmente França e Itália.

Segundo a dirigente, o avanço do pacto depende de uma sinalização política dos 27 Estados-membros para que o processo chegue à etapa final de assinatura. O acordo ainda precisa do aval formal dos países da UE antes de ser concluído.

O tratado envolve Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e prevê a criação de uma ampla zona de livre comércio, com redução de tarifas para produtos europeus, como automóveis e vinhos, e maior acesso de itens agrícolas do Mercosul, como carne bovina e açúcar, ao mercado europeu.

Apesar da expectativa da Comissão Europeia de concluir o acordo até o fim do ano, governos como o da França avaliam que o texto atual pode prejudicar produtores locais. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também sinalizou que considera prematuro avançar com a assinatura nas condições atuais.

O impasse tem provocado reações do lado sul-americano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a demora pode levar o Brasil a se retirar das negociações, citando entraves políticos internos em países europeus contrários ao acordo.