As projeções centrais do Banco Central indicam IPCA de 4,4% em 2025, 3,5% em 2026 e 3,1% em 2027

O Banco Central (BC) revisou para baixo a probabilidade de a inflação superar o teto da meta em 2025. A estimativa caiu de 71% para 26%, segundo o Relatório de Política Monetária divulgado nesta quinta-feira. A chance de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar abaixo do piso da meta permaneceu em zero.

Desde este ano, o regime de metas passou a ser contínuo, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro da meta segue em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Caso o índice permaneça fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se o descumprimento do objetivo.

A meta foi oficialmente descumprida em julho, após o IBGE informar que o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 5,35% em junho, acima do teto de 4,50% pelo sexto mês seguido. Na ocasião, o Banco Central comunicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que projeta a inflação novamente abaixo do teto no fim do primeiro trimestre de 2026 e no centro da meta ao final do próximo ano.

Para os anos seguintes, o BC também fez pequenos ajustes nas probabilidades. Em 2026, a chance de a inflação superar o teto recuou de 26% para 23%, enquanto a de ficar abaixo do piso subiu de 6% para 7%. Em 2027, o risco de estouro do teto passou de 17% para 16%, e o de queda abaixo do piso aumentou de 11% para 12%.

As projeções centrais do Banco Central indicam IPCA de 4,4% em 2025, 3,5% em 2026 e 3,1% em 2027. Para o segundo trimestre de 2028, a estimativa é de inflação em 3,0%.