Entre os destaques de novembro, o Imposto sobre Operações Financeiras registrou alta real de 39,95% na comparação anual, somando R$ 8,614 bilhões

A arrecadação de impostos e contribuições federais alcançou R$ 226,753 bilhões em novembro, informou a Receita Federal. O resultado representa crescimento real de 3,75% em relação a igual mês de 2024, descontada a inflação. Na comparação com outubro, houve recuo real de 13,34%, movimento atribuído a fatores sazonais ligados ao calendário de recolhimentos.

Segundo a Receita, a queda mensal reflete principalmente o pagamento, em outubro, da primeira parcela ou da cota única do Lucro Presumido e do Balanço Trimestral, o que costuma inflar a arrecadação daquele mês e distorcer comparações diretas.

Entre os destaques de novembro, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) registrou alta real de 39,95% na comparação anual, somando R$ 8,614 bilhões. O avanço foi impulsionado pelo aumento das alíquotas promovido pelo governo ao longo do ano, além da maior incidência sobre operações de saída de moeda estrangeira e crédito para pessoas jurídicas.

A receita previdenciária atingiu R$ 58,358 bilhões, com crescimento real de 2,77%. O desempenho foi sustentado pela expansão da massa salarial e pelo aumento das compensações tributárias com débitos previdenciários, além da retomada gradual da contribuição patronal de municípios e da folha de pagamentos a partir de 2025.

PIS/Pasep e Cofins arrecadaram R$ 49,666 bilhões em novembro, alta real de 3,15%. O resultado reflete o crescimento do setor de serviços no período, apesar de leve retração no volume de vendas do comércio. A Receita destacou desempenho positivo de instituições financeiras, serviços de informação e da indústria de equipamentos de informática, enquanto setores como bebidas e saneamento tiveram resultado negativo.

Já o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital totalizou R$ 10,913 bilhões, avanço real de 6,76%, influenciado principalmente pelo aumento da arrecadação com aplicações de renda fixa.

Acumulado do ano

De janeiro a novembro de 2025, a arrecadação federal somou R$ 2,594 trilhões, crescimento real de 3,25% frente ao mesmo período de 2024. No acumulado, a receita previdenciária alcançou R$ 641,952 bilhões, com alta real de 3,10%, sustentada pelo avanço da massa salarial e pelo aumento das compensações tributárias.

No mesmo intervalo, PIS/Pasep e Cofins totalizaram R$ 528,852 bilhões, alta real de 2,79%, beneficiadas pela expansão da atividade de serviços ao longo do ano, apesar do desempenho mais fraco do comércio varejista e de setores como combustíveis e veículos.