PROCESSOS DE CONTRATAÇÃO
Decisões equivocadas de RH podem gerar despesas significativas para as empresas
Por Marcelo Cabral - Em 25/12/2025 às 9:01 AM
Com a virada do ano e a retomada dos processos de contratação, muitas empresas entram em 2026 com a meta de “começar com o pé direito”. No entanto, decisões apressadas podem gerar um efeito contrário: segundo a Society for Human Resource Management (SHRM), substituir um colaborador pode custar entre 50% e 200% do seu salário anual, percentual que pode chegar a 213% em cargos de maior senioridade. O dado reforça que o início do ano, tradicionalmente marcado por novas admissões, é também o momento mais estratégico para evitar erros de origem que comprometem resultados ao longo de todo o ciclo.

Due diligence é um processo que evita problemas que podem gerar prejuízos relevantes às companhias
Empresas interessadas em dimensionar esse risco financeiro de forma personalizada podem utilizar ferramentas específicas, como calculadoras online que consideram variáveis como número de funcionários e média salarial para simular o custo potencial de uma contratação inadequada. Mas o impacto financeiro é apenas o começo. A pressa para preencher vagas sem o devido rigor de análise está diretamente ligada à queda de produtividade, desgaste de equipes, retrabalho de gestores e até a queda da reputação da empresa como empregadora. Quando o fit é errado, o problema se multiplica.
No Brasil, o turnover atingiu uma taxa alarmante de 56% em 2025, segundo levantamento da consultoria Robert Half. E, na maioria dos casos, tem uma causa primordial frequentemente ignorada: a falha na origem. “Contratar errado significa um desencaixe claro entre o que a empresa espera e o que o profissional busca, seja no perfil comportamental, nos valores ou nas expectativas de carreira”, afirma Gustavo Sèngés, country Manager da HireRight no Brasil, destaque em soluções de verificação de antecedentes e histórico pessoal.
A Harvard Business Review estima que até 80% da rotatividade é atribuída a contratações equivocadas. É justamente neste cenário, que a verificação de antecedentes tem ganhado cada vez mais destaque como uma ferramenta estratégica de negócios para o RH. A abordagem moderna atua de modo abrangente para validar a compatibilidade entre o perfil comportamental do candidato e os valores imateriais da empresa. “Uma verificação de antecedentes robusta é a principal solução contra a alta rotatividade – aquelas demissões precoces e custosas que ocorrem quando há uma incompatibilidade fundamental de valores. O objetivo principal é garantir a sinergia que assegura longevidade e sucesso ao vínculo empregatício” ressalta o executivo.
Mais do que checar histórico profissional, o processo de due diligence pré-contratação atua como um filtro de integridade e validador de fit cultural, dois pilares para a construção de vínculos sustentáveis. Sem essa etapa, as empresas permanecem vulneráveis a inconsistências no currículo, descompassos de qualificação e desalinhamentos de valores – que invariavelmente resultam em desligamentos. “Muitas empresas ainda enxergam a triagem pré-contratação como uma despesa, quando na verdade é uma proteção de capital humano com alto retorno sobre o investimento. Cada real aplicado em uma análise criteriosa protege a organização de prejuízos multiplicados que afetam diretamente o resultado final“, complementa Gustavo Sèngés.
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