No acumulado de janeiro a novembro, o volume financiado atingiu R$ 140,1 bilhões, valor 17,1% inferior ao registrado em igual período de 2024

A concessão de crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança somou R$ 12,4 bilhões em novembro de 2025, registrando queda de 17,1% em relação a igual mês do ano anterior e retração de 16,8% na comparação com outubro. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

No acumulado de janeiro a novembro, o volume financiado atingiu R$ 140,1 bilhões, valor 17,1% inferior ao registrado em igual período de 2024. Considerando os últimos 12 meses encerrados em novembro, as liberações totalizaram R$ 157,8 bilhões, o que representa redução de 14,4%.

Segundo a Abecip, o recuo reflete o cenário de juros elevados, que diminui a capacidade de compra das famílias, e a captação negativa da poupança, que limitou a disponibilidade de recursos para novos empréstimos. De janeiro a novembro, os saques superaram os depósitos em R$ 67,5 bilhões.

Em termos de unidades, foram financiados 39,2 mil imóveis em novembro, queda de 16,7% na comparação anual. No acumulado do ano, o total chegou a 408,3 mil unidades, retração de 21%, enquanto nos últimos 12 meses foram financiados 459,9 mil imóveis, recuo de 18,5%.

A Caixa Econômica Federal manteve a liderança na concessão de crédito, com R$ 53,9 bilhões liberados entre janeiro e novembro, apesar de queda de 29%. O Itaú ficou em segundo lugar, com R$ 37,5 bilhões, seguido por Bradesco, com R$ 27,2 bilhões, e Santander, com R$ 11,2 bilhões.

Com menos recursos disponíveis e juros elevados, os bancos concentraram as operações na compra de imóveis prontos. O crédito para aquisição somou R$ 47,8 bilhões no período, queda de 19,8%, enquanto os financiamentos para construção ficaram em R$ 7,6 bilhões, com retração de 53,3%.