A queda histórica do câmbio favorece empresas importadoras e consumidores FOTO: Agência Brasil

O dólar americano encerrou 2025 em queda frente ao real, concluindo o ano com uma desvalorização acumulada de cerca de 11,2%, a maior retração desde 2016, segundo dados de mercado. Essa performance veio mesmo após uma alta de quase 2,9% em dezembro, refletindo oscilações no último mês do ano.

No último pregão do ano, a moeda norte-americana operou em baixa em meio à liquidez reduzida e ajustes técnicos típicos desse período, fechando próxima de R$ 5,49 para o dólar à vista, patamar que representa o menor valor de fechamento dos últimos dias de dezembro.

A trajetória de queda ao longo de 2025 foi influenciada por fatores externos e internos: um dólar mais fraco globalmente diante de grandes moedas, pressão por cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e menor aversão ao risco por parte de investidores estrangeiros.

Essa valorização do real frente ao dólar também se refletiu em outros indicadores financeiros no Brasil: enquanto a moeda americana recuava, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o ano com valorização de 34%, o melhor desempenho anual desde 2016.

Especialistas destacam que, embora o dólar tenha caído no acumulado de 2025, o câmbio seguirá sensível a fatores como decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, fluxo de capitais e eventos geopolíticos nos primeiros meses de 2026, período em que a liquidez tende a voltar ao mercado e as negociações ganham ritmo.

No balanço do ano, a queda histórica do câmbio favorece empresas importadoras e consumidores, mas também exige atenção de exportadores e planejadores financeiros, que acompanham as perspectivas para a moeda estrangeira no novo ano.