Hegemonia africana

Arrancada histórica consagra etíope na 100ª São Silvestre e marca edição recorde

Por Marlyana Lima - Em 31/12/2025 às 12:58 PM

 

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O etíope Muse Gisachew ultrapassou o queniano Jonathan Kipkoech Kamosong e venceu a 100ª São Silvestre –  Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Corrida Internacional de São Silvestre, maior e mais tradicional prova de rua do Brasil, celebrou sua 100ª edição com emoção, disputas acirradas e números históricos. Diante de milhares de espectadores na Avenida Paulista, o etíope Muse Gisachew protagonizou um desfecho eletrizante ao garantir a vitória com uma ultrapassagem decisiva nos minutos finais da prova masculina.

Gisachew superou o queniano Jonathan Kipkoech Kamosong, que liderava com folga até os instantes finais. O campeão completou os 15 km do percurso em 44 minutos e 28 segundos, apenas quatro segundos à frente do rival, que cruzou a linha de chegada com 44 minutos e 32 segundos. O brasileiro Fábio de Jesus Correia foi o melhor representante nacional, assegurando a terceira colocação, com o tempo de 45 minutos e 06 segundos.

O domínio africano seguiu evidente nas posições seguintes, com William Kibor em quarto lugar e Reuben Logonsiwa Poguisho fechando o pódio masculino. O resultado reforça um jejum que persiste desde 2010, quando o Brasil conquistou sua última vitória masculina na prova, com Marilson Gomes dos Santos.

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 A brasileira Nubia de Oliveira celebrou mais um pódio

Na categoria feminina, o destaque absoluto foi a tanzaniana Sisilia Ginoka Panga, que venceu em sua estreia na São Silvestre. Com um ritmo forte desde a largada, ela liderou de ponta a ponta e cruzou a chegada em 51 minutos e 09 segundos, sem ser ameaçada pelas adversárias.

A queniana Cynthia Chemweno ficou com a segunda colocação, repetindo o desempenho do ano anterior, enquanto a brasileira Nubia de Oliveira celebrou mais um pódio, ao terminar em terceiro lugar, com 52 minutos e 42 segundos. Completaram o top 5 a peruana Gladys Tejeda Pucuhuaranga e a queniana Vivian Jeftanui Kiplagati.

Apesar da presença constante no pódio, o Brasil vive um longo intervalo sem vitórias no feminino. A última campeã brasileira da São Silvestre foi Lucélia Peres, em 2006, há quase duas décadas.

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Recorde de participação. Mais de 55 mil pessoas se cadastraram para participar da edição histórica da Corrida Internacional de São Silvestre

Além das disputas esportivas, a edição centenária entrou para a história pelos números expressivos. Em 2025, a prova registrou 55 mil inscritos, vindos de 44 países, estabelecendo um recorde absoluto de participação. Outro dado emblemático foi o crescimento da presença feminina, com as mulheres representando 47% dos corredores, o maior percentual já registrado.

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