Dia da Independência

7 de Setembro tem defesa de soberania em Brasília e protestos por anistia na Paulista

Por Julia Fernandes Fraga - Em 08/09/2025 às 12:21 PM

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Apresentação da Esquadrilha da Fumaça em 7 de setembro de 2025, em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Dia da Independência brasileira, celebrou os 203 anos da separação entre Brasil e Portugal neste domingo (7). Pelo país, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas, seja para assistir aos desfiles cívico-militares, seja para protestar contra o governo ou à favor de mais direitos para a população.

Brasília

Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ocorreu o tradicional desfile organizado pelo Governo Federal tendo como tema “Brasil Soberano”, slogan adotado em resposta às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Mais de 45 mil pessoas acompanharam o evento, que contou com a participação de tropas militares, estudantes, atletas, a Esquadrilha da Fumaça e apresentações culturais ligadas à COP30, que será realizada em Belém, em novembro.

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Desfile de 7 de setembro de 2025 em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Esplanada em carro aberto, ao lado da primeira-dama, Rosângela (Janja) da Silva. Na tribuna de honra, estavam também o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministros do Executivo e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não compareceram.

Em pronunciamento na véspera, Lula defendeu a independência nacional e criticou políticos que, segundo ele, atuam contra os interesses do país. Entre as mensagens, Lula reafirmou que não aceita “ordem de quem quer que seja”, garantiu a gratuidade do Pix, defendeu a independência entre os poderes e propôs a regulamentação das redes digitais contra fake news e crimes virtuais.

“Nos tornamos soberanos, não somos e não seremos, novamente, colônia de ninguém. O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro”, afirmou. O presidente classificou como “inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil”, chamando-os de “traidores da pátria”, finalizou o presidente. 

Oposição reage com atos por anistia

Enquanto o governo celebrava a data em Brasília, manifestações da direita ocorreram em várias capitais, com destaque para a Avenida Paulista, em São Paulo. Movimentos pediram a liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de julgamento no STF por tentativa de golpe, e defenderam anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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Ato na Av. Paulista. Foto: Reprodução/Redes sociais

O governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que há uma “construção de narrativas por parte da esquerda” sobre o 8 de janeiro e classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes como “tirania”. Segundo ele, “não se pode destruir a democracia sob o pretexto de resgatá-la.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também discursou no ato, citando restrições à rotina do marido e classificando a vigilância contra a família como “desproporcional”. 

No Rio de Janeiro, o ato em Copacabana reuniu o governador Cláudio Castro (PL) e parlamentares bolsonaristas. O deputado Alexandre Ramagem (PL), réu no julgamento do golpe, defendeu “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Em Fortaleza, políticos ligados ao ex-presidente e membros da oposição no Ceará, como os deputados André e Alcides Fernandes (PL), Carmelo Neto (PL), e o senador Eduardo Girão (Novo), participaram de atos em favor da anistia na Praça Portugal e na Av. Beira-Mar. 

Manifestações sociais

Paralelamente ao desfile oficial, o Grito dos Excluídos em Brasília exigiu a taxação dos super-ricos, redução da jornada de trabalho e a ‘não-anistia‘ aos acusados pela tentativa de golpe em 2023.

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