AMPIANDO INFLUÊNCIA

Apesar de comandar três ministérios, União Brasil quer Correios e Banco do Brasil

Por Aflaudisio Dantas - Em 30/06/2025 às 9:42 AM

Davi Alcolumbre Foto Roque De Sá Agência Senado

Articulação da ofensvia por cargos do UB é liderada pelo presidente do Senado Davi Alcolumbre Foto:Roque De Sá/Agência Senado

Em meio a uma crescente tensão com o Palácio do Planalto, o União Brasil intensificou sua ofensiva por cargos estratégicos dentro do governo Lula, mirando diretamente a presidência dos Correios e do Banco do Brasil. O movimento escancara o desgaste na relação do partido com o governo e revela um jogo de forças cada vez mais explícito dentro da base aliada. Apesar de ocupar três ministérios, Comunicações, Integração e Desenvolvimento Regional e Turismo, o União Brasil reclama de pouco espaço efetivo de poder e tem adotado uma postura de independência no Congresso, votando de forma desalinhada em pautas importantes para o Planalto. As informações são do Blog de Andreia Sadi, do G1.

A presidência dos Correios, hoje ocupada por Fabiano Silva, é um dos principais alvos. O mandato de Fabiano termina em agosto, e aliados do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pressionam para que o cargo seja preenchido por alguém do partido. Argumentam que, como a estatal está vinculada ao ministério comandado por eles, a escolha natural deve ser de um nome da legenda. Fontes do governo indicam que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, estaria disposto a apoiar a troca. No entanto, a atual gestão dos Correios resiste a pressões por mudanças bruscas e teme que uma nova direção ligada ao partido provoque demissões em massa e instabilidade interna.

A disputa por cargos vai além. O Banco do Brasil, hoje presidido por Tarciana Medeiros, também entrou na mira de setores do União Brasil e do Centrão. Embora a executiva tenha sido elogiada por sua gestão e conte com a confiança direta do presidente Lula, sua permanência passou a ser questionada nos bastidores. A movimentação por sua substituição demonstra a tentativa de ampliar o controle sobre estatais estratégicas para negociações políticas, especialmente em um contexto pré-eleitoral.

Outro ponto de tensão envolve o Ministério de Minas e Energia, sob comando de Alexandre Silveira, do PSD. O senador Davi Alcolumbre, uma das principais lideranças do União Brasil, articula a saída do ministro como parte de um movimento mais amplo para aumentar a influência de seu grupo político dentro do governo. O esforço visa reconfigurar o espaço da legenda na Esplanada dos Ministérios e garantir maior protagonismo nas decisões do Executivo.

Mais notícias

Ver tudo de IN Poder