Pressão Política

Após reunião com partidos, Haddad diz que decreto do IOF será todo revisto

Por Oceli Lopes - Em 09/06/2025 às 12:24 AM

Ministro Haddad Reunido Com Presidente Do Senado

Ministro Fernando Haddad dá entrevista coletiva ao lado do senador Davi Alcolumbre. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no fim da noite desse domingo, 8, após reunião com líderes de bancadas partidárias da Câmara dos Deputados, que vai “recalibrar” o decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele se reuniu com parlamentares para debater alternativas para o aumento do Imposto reajustado no mês passado por decreto do presidente Lula para tentar compensar o rombo nas contas da União.

“Fazendo com que a dimensão regulatória seja o foco da nova versão e que possamos reduzir as alíquotas previstas no decreto original que vai ser reformado. Preciso dessa compensação para manter o ritmo de cumprimento das obrigações fiscais do país.”, disse Haddad, informando que Medida Provisória do governo vai permitir recalibrar o decreto do IOF.

O ministro da Fazenda, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes partidários da base aliada do governo se reuniram na Residência Oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília. Além de Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara; e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado; estavam presentes os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Cid Gomes (PSB-CE) e Efraim Filho (União-PB).
E os deputados federais José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara; Isnaldo Bulhôes (MDB-AL), Pedro Lucas (UB-MA), Antônio Brito (PSD-BA), Doutor Luizinho (PP-RJ) e Gilberto Abramo (Republicanos-MG) também participam.

O objetivo da reunião foi discutir alternativas ao aumento do IOF. Entre as ideias aventadas, estão reduzir benefícios fiscais, diminuir repasses federais para financiar a educação e a saúde, cortar supersalários ou antecipar o recebimento de dividendos de estatais.

Bancos pressionam Congresso

O mercado financeiro, principalmente os bancos, pressionam o Congresso para derrubar o aumento do IOF. Para evitar uma derrota, Haddad apresentou, na terça-feira (3), num jantar, alternativas a Motta e ao presidente do Senado, David Alcolumbre (UB-AP), para compensar os R$ 60 bilhões que o IOF poderia arrecadar até 2026. O término das conversas, porém, seria fechado só nesse domingo, com a presença das bancadas, o que não ocorreu.

Alcolumbre havia dado ao governo até terça-feira (10) para apresentar uma alternativa factível ao aumento do IOF. Motta, por sua vez, havia sinalizado que a Câmara poderia votar, também na terça, 10, um projeto de decreto legislativo para derrubar o aumento do IOF.

O ministro pretende obter apoio do Congresso a outras medidas para aumentar a arrecadação do governo ou conter gastos, para que seja possível abrir mão do que está sendo arrecadado com o aumento do IOF.

Com informações do UOL.

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