América do Sul

Bolívia elege Rodrigo Paz presidente; Lula parabeniza vitória e destaca laços bilaterais

Por Julia Fernandes Fraga - Em 20/10/2025 às 5:16 PM

Bolivia

Rodrigo Paz e Edman Lara são os novos dirigentes da Bolívia. Foto: Reprodução/Instagram

O senador de centro-direita Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19), ao vencer o conservador Jorge “Tuto” Quiroga no segundo turno com 54,5% dos votos, segundo o tribunal eleitoral. A posse já está marcada para 8 de novembro. 

A vitória de Paz marca o fim de quase vinte anos de governos do Movimento ao Socialismo (MAS), fundado por Evo Morales, e inaugura uma nova etapa política no país. Em meio a uma crise econômica e social, o novo presidente terá de buscar alianças para governar, já que o PDC não conquistou maioria no Legislativo.

Entre os líderes internacionais que felicitaram o resultado está o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (20), Lula informou ter enviado uma carta a Paz, na qual destacou “a prioridade do governo brasileiro no relacionamento com a Bolívia, com a qual compartilhamos extensa fronteira, mas também uma relação de amizade e respeito”.

O presidente brasileiro afirmou ainda que o país vizinho “é parceiro fundamental do Brasil na construção de uma América do Sul mais integrada, justa e solidária” e elogiou o fato de o pleito ter ocorrido “em clima de tranquilidade e harmonia”.

Quem é

Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989–1993), o novo líder boliviano construiu carreira política como deputado, prefeito e senador. Sua ascensão nacional foi impulsionada por um discurso de renovação e combate à corrupção, além da popularidade de seu vice, Edman Lara, ex-policial conhecido por vídeos nas redes sociais.

Durante a campanha, Rodrigo Paz defendeu uma plataforma moderada, prometendo manter programas sociais implementados nos últimos anos e, ao mesmo tempo, incentivar o crescimento do setor privado.

Ele também sinalizou disposição para reaproximar a Bolívia de países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, após anos de alinhamento com Rússia e China. “Precisamos abrir a Bolívia para o mundo”, afirmou em discurso após a vitória, em La Paz.

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