Tensão entre Brasil e Israel aumenta. Foto: Montagem/Portal Gov/Redes sociais

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) classificou como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis” as declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “antissemita declarado” e “apoiador do Hamas”.

O Itamaraty afirmou que cabe a Katz impedir “a prática de genocídio contra os palestinos” e lembrou que as operações israelenses em Gaza já mataram 63 mil pessoas, sendo um terço mulheres e crianças, além de impor fome como arma de guerra. 

Nesta semana, o Brasil condenou o bombardeio ao hospital Nasser, em Gaza, que deixou 20 mortos. O Ministério ressaltou que o país Israel é investigado pela Corte Internacional de Justiça por suspeita de genocídio. 

As tensões crescem desde fevereiro, quando Israel declarou Lula “persona non grata”. Segundo o jornal The Times of Israel, o governo israelense decidiu rebaixar as relações com o Brasil após o Itamaraty não responder à indicação do embaixador Gali Dagan. 

O ministro Katz também atacou a saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), em julho de 2025, após o país apoiar ação contra Israel na Corte.

Lula, porém, em reunião no Planalto nesta semana, acusou, novamente, Israel de genocídio e defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU.