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Camilo Santana rejeita cortes na Educação, defende mais investimentos e cobra atuação do Congresso

Por Marlyana Lima - Em 24/06/2025 às 4:55 PM

Camilo Santana

Ministro da Educação Camilo Santana defende mais investimentos no setor – Foto:  Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em meio à crescente pressão sobre o governo federal para reduzir gastos públicos, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), reforça sua posição contrária a qualquer corte no orçamento da área e defende a ampliação dos investimentos, com foco na juventude e na educação básica.

Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, Camilo foi enfático: é “terminantemente contra” cortes no setor, mesmo diante das discussões internas sobre medidas de ajuste fiscal para conter o déficit das contas públicas.

Um dos principais pontos da defesa do ministro é a universalização do Pé-de-Meia, programa de incentivo financeiro a estudantes do ensino médio, considerado uma das principais vitrines sociais da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pe De Meia

Ministro é enfático na defesa do Pé-de-Meia, programa de incentivo financeiro a estudantes do ensino médio

Fundeb e piso constitucional

Entre as alternativas ventiladas recentemente por setores da equipe econômica para o ajuste fiscal, estiveram na mesa propostas como a redução da participação da União no financiamento do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e o fim do piso constitucional de investimentos mínimos em saúde e educação. Por enquanto, essas medidas não avançaram, o que foi comemorado por Camilo Santana.

“Temos de investir forte na juventude e não ficar sempre nesse passo lento em relação a outros países que conseguiram dar um salto de forma mais rápida”, afirmou o ministro durante a entrevista, destacando a importância de manter e ampliar os recursos destinados à educação.

Cobrança ao Congresso

Além da defesa do orçamento da Educação, Camilo Santana também fez críticas ao modelo atual de liberação de recursos via emendas parlamentares. O ministro cobrou maior alinhamento do Congresso com as prioridades do governo Lula e sugeriu que o volume de emendas poderia ser utilizado de forma mais estratégica, em sintonia com os projetos do Executivo.

Desafio fiscal do governo

As declarações de Camilo Santana ocorrem em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta pressões para equilibrar o orçamento federal sem abrir mão de suas principais políticas sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem buscado alternativas para evitar cortes drásticos, mas a pressão do mercado e de órgãos de controle sobre a responsabilidade fiscal permanece alta.

 

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