orientação partidária
Celso Sabino confirma saída do Ministério do Turismo após pressão do União Brasil
Por Marlyana Lima - Em 19/09/2025 às 8:00 PM

ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou sua saída ao presidente Lula – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou oficialmente, nessa sexta-feira (19), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixará o cargo. A decisão foi tomada após o União Brasil emitir novo ultimato determinando que seus filiados solicitassem exoneração de cargos e funções comissionadas no governo federal no prazo de 24 horas. A resolução, divulgada na quinta-feira (18), reforça o afastamento do partido da base governista.
A reunião entre Sabino e Lula ocorreu no Palácio da Alvorada e durou mais de uma hora. O ministro expressou o desejo de cumprir algumas agendas oficiais antes de formalizar sua saída, o que deverá ocorrer após o retorno de Lula de Nova York, previsto para a próxima quinta-feira (25). O presidente viaja aos Estados Unidos para abrir a Assembleia Geral da ONU no início da próxima semana.
Deputado federal pelo Pará, Sabino ocupa o Ministério do Turismo desde julho de 2023 e desempenhou papel central na organização da COP30, que ocorrerá em Belém. Apesar de tentativas de negociação com a cúpula partidária para permanecer no cargo, cedeu à pressão política.
O ultimato do União Brasil surgiu em meio a reportagens que mencionaram uma suposta ligação do presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Tanto o partido quanto Rueda negam as acusações e insinuaram, em nota, que o governo teria relação com as investigações conduzidas pela Polícia Federal — órgão que atua de forma independente.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, repudiou as declarações e reforçou que é legítimo o direito do partido de decidir pela saída de seus quadros, mas rechaçou a tentativa de atribuir ao governo responsabilidade pelas publicações que associam Rueda às apurações criminais.
Com a saída de Sabino, abre-se nova disputa pela composição da Esplanada, em um momento de tensão política entre o Planalto e o União Brasil, partido que ainda mantém outros nomes no governo.
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