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O senador Cid Gomes (PDT) comentou sua atual relação com o irmão Ciro Gomes (PDT). Conforme o parlamentar, desde agosto do ano passado os dois não conversam, principalmente por conta das eleições de 2022, quando Cid decidiu ficar isento no processo eleitoral e não apoiou o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), ao Governo do Ceará. RC era o candidato apadrinhado de Ciro.

“Eu jamais desejaria brigar com o Ciro, mas ele brigou comigo. Eu fiz tudo e, para mim, foi um grande sacrifício, não tenha dúvida disso. E tive que me abster daquela eleição, que era importante. Então, se eu soubesse que a consequência ia ser essa, eu teria tomado partido, mesmo que isso significasse brigar com o Ciro”, declarou o parlamentar.

À época, Cid defendia que a ex-governadora Izolda Cela – filiada ao PDT no período -, fosse a candidata brizolista ao Palácio da Abolição. Assim, a aliança entre PDT e PT – bem como dos demais partidos que integravam a base governista – estaria preservada até os dias atuais.

O senador também lembrou que todas as vezes que o irmão esteve na disputa pelo Palácio do Planalto, Cid era seu coordenador de campanha, e pelo menos no Estado, ele sempre foi o primeiro colocado.

“Eu acho que o resultado seria diferente, inclusive para ele. Todas as outras vezes em que o Ciro foi candidato a presidente, mesmo ele tendo sido terceiro e até quarto lugar no Brasil, no Ceará, ele foi o primeiro. À frente de todas as campanhas dele no passado, estava eu. Não tenho dúvida que, se a candidata fosse a Izolda e a gente tivesse na nossa aliança envolvendo o PT e todos os outros partidos – o PSB, o PT, o MDB, uma série de outros –, com uma eleição presidencial em dois turnos, eu tenho certeza que o Ciro teria tido uma performance melhor”, comentou.

“Então, a meu juízo, foi um equívoco tanto a candidatura do Roberto Cláudio, rompendo a aliança, como o Ciro ficar isolado, achando que uma candidatura própria daria a ele uma performance melhor”, finalizou Cid em entrevista ao Diário do Nordeste.