Cid Gomes mantém apoio ao governo petista no Ceará, com ressalvas. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Cid Gomes (PSB) confirmou que continuará apoiando o governador Elmano de Freitas (PT), em entrevista coletiva recente, em Várzea Alegre, apesar das ressalvas que tem feito à condução da gestão estadual.

O parlamentar destacou que prefere tratar divergências internamente e que não vê sentido em mudar de lado político, diferente do irmão, Ciro Gomes, ao qual se dirigiu: “você que está mudando de rumo”.

“Roupa suja a gente lava em casa, eu procuro fazer assim. Faço as minhas reclamações dentro de casa, mas o natural para mim é permanecer onde eu estou”, afirmou, completando que “mudar para ter uma condição diferente, muito bem, mas mudar para se juntar ao que a gente sempre colocou como gente que tem feito mal ao Ceará, para mim não faz sentido”.

Críticas

Apesar de reiterar apoio ao grupo liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará, Cid citou o período em que governou o Estado e afirmou que sempre respeitou partidos aliados, indicando que a situação atual é diferente. 

“Fui governador, tratei bem os meus aliados. Eu não ficava pegando um caba de um partido aliado meu pra trazer pro meu. Nunca fiz isso. Ao contrário, sempre fiz foi ajudar os partidos aliados. E eu tenho enxergado algumas coisas nessa direção. Se aproveitar de poder para tirar de aliados”, enfatizou. 

Um dos episódios de tensão ocorreu quando Evandro Leitão, atual prefeito de Fortaleza, deixou o PDT, ainda sob a presidência estadual de Cid Gomes, hoje no PSB, para se filiar ao PT.

Em outro momento, a causa de uma quase ruptura com o bloco governista aconteceu durante a escolha para a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O governo de Elmano de Freitas (PT) indicou o deputado Fernando Santana (PT) à função, o que levou, após pressão do PSB, à escolha de Romeu Aldigueri (PSB).