A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem sido porta-voz do marido nos últimos dias Foto: Divulgação / PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um novo agravamento em seu estado de saúde, conforme apontado por boletim médico divulgado nesta terça-feira (2). Internado no Hospital DF Star, em Brasília, ele foi submetido a uma endoscopia digestiva alta que revelou um quadro de intensa esofagite com processo inflamatório, além de erosões na mucosa esofágica e gastrite moderada. O diagnóstico levou os médicos Cláudio Birolini e Leandro Echenique a decidirem pela intensificação do tratamento medicamentoso, incluindo repouso domiciliar, dieta controlada e moderação do uso da fala.

Nas últimas semanas, o ex-presidente vinha sofrendo com episódios recorrentes de soluços, vômitos e dificuldade para se alimentar, sintomas que o obrigaram a cancelar uma série de compromissos políticos, como agendas previamente marcadas em Goiás, Santa Catarina e Rondônia. Esses episódios foram agravados por uma pneumonia viral diagnosticada no mês anterior, o que levou à suspeita de complicações mais severas em seu aparelho digestivo. O quadro atual se soma a um histórico delicado de saúde: desde o atentado à faca durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro já passou por pelo menos seis cirurgias, incluindo uma laparotomia exploradora em abril deste ano, realizada devido a uma obstrução intestinal.

Com Bolsonaro afastado do palco político por conta da saúde fragilizada, familiares e apoiadores tomaram a linha de frente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem atuado como porta-voz, reforçando a necessidade de repouso e apelando à fé para a recuperação do marido. A narrativa construída busca amenizar os efeitos políticos da ausência, apresentando o afastamento como um período temporário e necessário para garantir o retorno em melhores condições físicas.