TENSÃO POLÍTICA

Conflito entre Paes e PT no Rio expõe fragilidade de aliança para 2026

Por Redação - Em 24/05/2025 às 12:01 AM

Eduardo Paes E Lula Foto Ricardo Stuckert

O prefeito do Rio de Janeiro é o principal apoio de Lula nas regiões Sul e Sudeste FOTO: Ricardo Stuckert

Um impasse na votação sobre o armamento da Guarda Municipal do Rio de Janeiro acentuou divergências entre o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o PT, partido aliado em nível federal e potencial parceiro nas eleições de 2026.

A crise se agravou após a Câmara de Vereadores adiar a votação de um projeto do Executivo sobre o tema. A suspensão ocorreu após a apresentação de uma emenda apoiada por partidos como PL, Novo e também por dois dos quatro vereadores petistas, contrariando a orientação histórica do PT contra o armamento.

Paes usou as redes sociais para ironizar a aliança momentânea entre PT e a base do governador Cláudio Castro (PL), adversário político. Apesar de minimizar os impactos, o prefeito demonstrou irritação com a falta de alinhamento de seus aliados sobre um projeto que considera central para sua gestão.

Pedro Paulo (PSD-RJ), deputado federal e aliado de Paes, também criticou a postura do PT, lembrando que o prefeito é o principal apoio a Lula nas regiões Sul e Sudeste e defende projetos federais mesmo quando discorda.

A tensão repercutiu dentro do PT. O vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá, reconheceu o erro da bancada, mas advertiu Pedro Paulo por sua “arrogância” e cobrou mais diálogo dentro da aliança.

A disputa sobre o projeto reacende as incertezas sobre a formação da chapa para 2026. Paes é apontado como candidato ao governo estadual e o PT deseja ocupar a vaga de vice — proposta que já havia sido recusada por Paes na eleição municipal de 2024.

O episódio expõe fragilidades na articulação entre PSD e PT no Rio e lança dúvidas sobre a solidez da aliança para os próximos anos.

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