EMPREGOS E IMPOSTOS

Construção de pequeno trecho de estrada agilizará reciclagem de resíduos líquidos que são muito nocivos ao meio ambiente

Por Marcelo Cabral - Em 20/01/2023 às 7:29 PM

O primeiro grande passo do Governo do Ceará com relação ao processamento de produtos nocivos ao meio ambiente – como óleo mineral usado por navios e resíduos oleosos de origem animal ou vegetal -, deverá ocorrer com a construção de um trecho de apenas três quilômetros de rodovia para dar acesso a caminhões pesados à usina da AP Marine Ltda, que encontra-se em fase final de construção, no município de Itaitinga.

Três tanques já estão em operação e outros 10 ou 12 serão construídos            Foto: Divulgação

A AP Marine está montando uma usina para realizar a reciclagem de óleo de navios, para que seja transformado em combustível para caldeiras e fornos de indústrias e usinas de asfalto. A empresa vai reprocessar, também, a gordura hidrogenada que é um resíduo da fabricação de margarinas. Mas uma parte da usina já está em funcionamento, trazendo produtos de suas filiais, realizando o armazenamento e a distribuição.

Até o momento já foram investidos cerca de R$ 5 milhões e as operações foram iniciadas. “E no total, o investimento final próprio da AP Marine será de R$ 11 milhões, para a instalação de novos equipamentos, a fim de que toda a instalação esteja pronta até julho ou agosto deste ano. Na indústria serão processados cerca de 1.000m³ de resíduos de origem mineral, animal ou vegetal, contribuindo com a geração de dezenas de empregos diretos e indiretos, além da geração de impostos para o Estado e município”, explicou José Carlos Viana, gerente Administrativo da AP Marine.

A sede da empresa fica em Macapá, e está relizando a construção da usina em Itaitinga, devido ao tamanho do terreno necessário para sua instalação, cerca de 30.000m², bem como sua posição estratégica com relação dos dois principais terminais portuários cearenses – Fortaleza e Pecém –, onde ancoram grandes embarcações que atuam na navegação de cabotagem e também de longo curso.

“Queremos salientar que os produtos por nós recuperados, são  utilizados em caldeiras industriais e por usinas de asfalto neste e em outros estados circunvizinhos, com preços inferiores aos praticados pela Petrobras, o que gera muita economia aos nossos clientes e, consequentemente, reduz os custos das obras de estradas“, destaca o trecho de um ofício encaminhado pela empresa, em novembro do ano passado, para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

 

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