Deserto de Negev

Delegação brasileira, com a deputada Luizianne Lins, segue detida em prisão israelense

Por Marlyana Lima - Em 04/10/2025 às 5:13 PM

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Luizianne Lins integra a Missão Humanitária e está detida em Negev – Foto: Reprodução

A delegação brasileira que integrava a flotilha humanitária interceptada por forças israelenses em águas internacionais permanece detida na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, sul de Israel. Entre os detidos está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que integrava oficialmente a missão destinada a levar alimentos e medicamentos à população palestina em Gaza.

De acordo com a advogada que acompanha o grupo, Luizianne Lins recusou-se a assinar o documento de deportação acelerada apresentado pelas autoridades israelenses. A parlamentar considerou o termo abusivo e, conforme sua equipe, optou por permanecer em solidariedade aos demais membros da delegação brasileira que também se recusaram a firmar o documento.

Representantes legais da missão relataram condições preocupantes no centro de detenção, com denúncias de que parte do grupo estaria sendo privada de água, alimentos e medicamentos desde a prisão, em violação às convenções internacionais que regem a proteção de missões civis e de caráter humanitário.

A flotilha, composta por delegações de mais de 40 países, navegava em águas internacionais do Mediterrâneo quando foi interceptada pela Marinha de Israel, entre os dias 1º e 2 de outubro. O grupo afirma ter sido submetido a abordagem ostensiva e interrogatórios prolongados, apesar do caráter pacífico da missão, que tinha como objetivo principal o envio de insumos básicos à população de Gaza.

Acompanhamento diplomático e jurídico

As audiências judiciais que analisam as ordens de detenção dos brasileiros e de outros integrantes da missão estão marcadas para este sábado (4). A assessoria da deputada Luizianne Lins e representantes diplomáticos brasileiros acompanham o caso e aguardam o resultado das sessões.

O Ministério das Relações Exteriores informou que segue prestando assistência consular aos cidadãos brasileiros detidos, em coordenação com advogados e organismos internacionais de direitos humanos.

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