O Governo do Ceará autorizou, neste sábado (29), o início das obras do Hospital Regional do Maciço de Baturité, marco estratégico para a descentralização da saúde no Estado. A ordem de serviço foi assinada pelo governador Elmano de Freitas, acompanhado da secretária da Saúde, Tânia Mara Coelho; do secretário-chefe da Casa Civil, Chagas Vieira; do presidente da Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri; do prefeito de Baturité, Herberlh Mota; entre outras autoridades. O equipamento, nomeado como Hospital Polo Regional Papa Francisco, receberá um investimento de R$ 255,7 milhões nesta primeira etapa, destinada à execução da obra.

Autoridades celebram a autorização das obras do novo equipamento               Fotos: Estácio Jr./Casa Civil

Com previsão de 239 leitos, o novo hospital tem como propósito reduzir a necessidade de transferências para a Capital e ampliar o acesso da população do Maciço a serviços de média e alta complexidade. Filho da região, o governador Elmano de Freitas celebrou o início da construção. “Tenho certeza de que hoje é um dia histórico. Tenho convicção de que essa obra vai transformar a região, melhorando a qualidade de vida da nossa população”, afirmou.

Mais de 232 mil habitantes dos 13 municípios que compõem o Maciço de Baturité – Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Itapiúna, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia e Redenção – serão beneficiados. Segundo o chefe do Executivo estadual, o momento simboliza uma virada de capítulo na história da saúde pública cearense. “Esse Estado tem quase 300 anos, e, em todo esse tempo, o povo do interior não teve o direito de ter o seu próprio hospital. Antes, se precisasse de atendimento, tinha que ir para Fortaleza. Esse tempo está ficando para trás”, concluiu.

Atendimento de média e alta complexidade

Para a secretária da Saúde, Tânia Coelho, a data representa um avanço inédito. “Hoje é um dia de festa, um marco histórico para Baturité e para a saúde pública estadual. Aqui assinamos a transformação da saúde de Baturité e de todo o Maciço”, destacou. Ela ressaltou que o projeto nasceu de um processo de escuta e planejamento articulado. “Para estarmos aqui hoje, trabalhamos de forma conjunta, com base nas necessidades da população. Avaliamos o que a região mais precisava e planejamos o hospital e suas especialidades a partir disso”, explicou.

O hospital oferecerá atendimentos de média e alta complexidade, distribuídos em sete especialidades: Emergência, Traumato-Ortopedia e Obstetrícia – todas em regime de porta aberta -, além de Pediatria Clínica, Clínica Geral, Cirurgia Geral e Cirurgia Obstétrica. E com a implantação do curso de Medicina da Unilab, o equipamento também terá papel estratégico na formação de novos profissionais da saúde. “O hospital é um lugar de tratamento e cura, mas também de ensino. Ele será campo de internato para alunos de graduação da área da saúde, para residência médica e multiprofissional, além de espaço para pesquisa”, ressaltou Tânia Coelho.