Aliança conservadora
Em evento em SP, Tarcísio de Freitas cobra reformas, critica PT e fala em união da direita para 2026
Por Julia Fernandes Fraga - Em 26/11/2025 às 5:38 PM

Governador paulista esteve no UBS WM Latin America Summit nesta quarta, 26. Foto: Divulgação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a formação de uma frente unificada de governadores de direita e centro-direita para a eleição presidencial de 2026 e afirmou que o movimento contará com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que já estava inelegível e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de estado.
As declarações foram dadas durante o UBS Wealth Management Latam Summit, evento que reúne líderes e tomadores de decisão para debater o futuro da gestão de patrimônio e de investimentos na América Latina, nesta quarta-feira (26), na Capital Paulista.
Na ocasião, o governador voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Partido dos Trabalhadores ao afirmar que o País estaria “quatro décadas preso” ao mesmo debate político, baseado em ideias que, segundo ele, “envelheceram sem atualização”. Para Tarcísio, o Brasil precisa de uma “mudança de chave” diante das transformações sociais e econômicas recentes.
Estratégias para 2026
Com a promessa de que “vão tirar o Brasil do PT”, Tarcísio espera que os governadores consolidem até março de 2026 uma articulação nacional contra a sigla. Segundo ele, Bolsonaro terá papel central nesse processo e contribuirá para “pacificar arestas” internas da direita. O governador citou diálogo frequente com Flávio e Carlos Bolsonaro e classificou seu vínculo com o ex-presidente como “inquebrantável”.
O governador paulista sugeriu que a direita apresentará um projeto de caráter liberal e conservador, com foco em desburocratização e revisão de regras fiscais. Ele mencionou o período pós-impeachment de Dilma Rousseff e o programa “Ponte para o Futuro” como referência de reformas estruturais implementadas no governo Michel Temer.
Nesse quesito, o grupo – formado por nomes como Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Jorginho Mello (PL-SC) – defende uma reforma orçamentária baseada em desvinculação de receitas, desindexação e redução de despesas obrigatórias.
Tarcísio falou também que não precisa “necessariamente” ser o protagonista da direita em 2026, referindo-se a uma possível candidatura à Presidência da República, reiterando que será candidato à reeleição em São Paulo. Garantiu que a escolha de um nome caberá a Bolsonaro, o “líder do movimento”.
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