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Embaixada dos EUA no Brasil causa polêmica ao comparar imigrantes ilegais com E.T.
Por Marlyana Lima - Em 23/07/2025 às 1:40 PM
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil gerou controvérsia nesta quarta-feira (23) ao publicar, em suas redes sociais, uma mensagem que orienta imigrantes em situação ilegal a deixarem os EUA voluntariamente. Usando uma imagem com referência ao clássico filme E.T. – O Extraterrestre (1982), o post afirma: “Se você está nos EUA ilegalmente, faça como o E.T.: é hora de ligar para casa.”

Postagem da embaixada do EUA no Brasil
A publicação também promove o aplicativo CBP Home: Assistência para Autodeportação Voluntária, desenvolvido pelo Departamento de Estado norte-americano, e promete apoio financeiro e logístico para quem optar por retornar ao país de origem. O texto da campanha destaca que, além da passagem aérea, os imigrantes podem receber até US$ 1.000 de ajuda de custo, além do perdão de multas relacionadas à permanência irregular.
A ação faz parte de uma política mais ampla de endurecimento das regras migratórias adotadas pela Casa Branca desde que o presidente Donald Trump tomou posse, em janeiro deste ano. O governo norte-americano vem intensificando discursos e medidas que reforçam o controle das fronteiras e desestimulam a imigração ilegal, inclusive com ações de comunicação voltadas a países com alta demanda por vistos, como o Brasil.
Em uma publicação recente, a embaixada americana já havia declarado que a concessão de vistos a estrangeiros “é um privilégio, não um direito”, reforçando o tom restritivo da nova postura diplomática.
A postagem com a frase “faça como o E.T.” foi recebida com críticas nas redes sociais por seu tom considerado insensível e debochado. Especialistas e internautas apontaram que a analogia com um personagem fictício pode minimizar o drama vivido por milhares de pessoas em situação migratória irregular, muitas delas em contextos de vulnerabilidade.
Por outro lado, o governo americano defende que a iniciativa visa oferecer um caminho “humanitário e digno” para retorno voluntário, antes que medidas mais severas, como detenções e deportações forçadas, sejam adotadas.
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