O governo Trump definiu que postagens hostis aos EUA ou a seus  líderes políticos podem culminar na recusa para concessão de visto Foto: reprodução X

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou uma nova exigência para estudantes brasileiros que desejam estudar no país norte-americano: a obrigatoriedade de tornar públicas suas redes sociais durante o processo de solicitação de visto. A medida, segundo o governo dos EUA, faz parte de uma atualização nos protocolos de segurança e afeta diretamente os pedidos dos vistos das categorias F (acadêmico), M (profissionalizante) e J (intercâmbio).

A decisão impacta milhares de brasileiros que anualmente buscam oportunidades de estudo nos Estados Unidos, especialmente em programas de graduação, pós-graduação, cursos técnicos e intercâmbio cultural.

O que muda para os brasileiros

Segundo o comunicado da Embaixada, todos os solicitantes devem fornecer informações atualizadas sobre seus perfis nas principais redes sociais. Esses perfis devem estar configurados como públicos para que as autoridades americanas possam realizar a verificação completa. A recusa em abrir os perfis pode resultar na negação do visto, sob a justificativa de “falta de transparência” ou “intenção de ocultar informações”.

Postagens consideradas hostis aos EUA ou às suas instituições; Apoio a grupos extremistas ou conteúdos que incitem ódio religioso ou racial e participação em discursos ou atos considerados antissemitas ou politicamente radicais. estão entre os critérios que podem impedir a obtenção de visto.

Emissão de vistos havia sido suspensa

A exigência surge após uma pausa temporária na emissão de vistos de estudante e intercâmbio no Brasil, que estava em vigor desde 27 de maio. Segundo a Embaixada, a suspensão visava reestruturar os processos de triagem e garantir maior rigor nas análises de perfil. Agora, com o novo protocolo oficializado, os agendamentos para entrevistas serão retomados, mas já sob as novas regras.