Translado

Família de Juliana Marins escolhe ajuda de Niterói em vez de custeio federal

Por Aflaudisio Dantas - Em 29/06/2025 às 4:04 AM

Juliana Marins

Decisão da família foi justificada pelo afeto que Juliana tinha por Niterói Foto: reprodução Instagram

O Itamaraty se colocou à disposição para arcar com os custos da repatriação do corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. No entanto, a família da jovem optou por aceitar o apoio oferecido pela Prefeitura de Niterói. O motivo foi o vínculo afetivo de Juliana com a cidade, onde ela cresceu e com a qual mantinha forte identificação. A administração municipal assumiu os cerca de R$ 55 mil necessários para o translado e também decidiu prestar homenagens simbólicas, como renomear o mirante e a trilha da Praia do Sossego com o nome da jovem, além de decretar três dias de luto oficial.

A iniciativa do governo federal só ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversar com o pai de Juliana. Após o contato, Lula determinou que o Itamaraty organizasse e custeasse a repatriação, o que exigiu uma mudança no decreto presidencial que proibia gastos públicos com esse tipo de operação. Com a alteração, o governo federal passou a ter respaldo legal para bancar traslados em casos excepcionais que gerem comoção social.

Apesar da oferta do Itamaraty e da nova autorização legal, a família preferiu manter a decisão inicial e seguir com o apoio de Niterói. O gesto foi compreendido como uma escolha simbólica, que representa o afeto de Juliana pela cidade e o reconhecimento da prefeitura à sua trajetória. Até o momento, não há data definida para a chegada do corpo ao Brasil. O laudo emitido em Bali indica que a morte ocorreu por trauma interno em decorrência da queda, descartando outras hipóteses como hipotermia.

 

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