Ato aconteceu nesse domingo, 30, em um hotel em Fortaleza. Fotos: Reprodução/Instagram

O senador Eduardo Girão (Novo) lançou nesse domingo (30), em Fortaleza, sua pré-candidatura ao governo do Ceará em um evento marcado pela presença de figuras de destaque da direita nacional. O general Theopilo (Novo), que já foi candidato ao governo do Ceará em 2018 pelo PSDB, também teve a pré-candidatura ao Senado oficializada.

O evento foi marcado pela presença de Michelle Bolsonaro (PL), recebida com empolgação pelo público e citada por Deltan Dallagnol (Novo-PR) como uma das “presidenciáveis presentes”, ao lado do governador mineiro Romeu Zema (Novo).

Também participaram Damares Alves (Republicanos-DF), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Marcel Van Hattem (Novo-RS), André Fernandes (PL-CE), Bia Kicis (PL-DF), Magno Malta (PL-ES), este por videoconferência, e outros nomes. O evento teve convites gratuitos e foi descrito pela organização como um ato “em defesa da liberdade”, incluindo discursos em favor de anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro. 

Os discursos proferidos defenderam “coragem”, “princípios” e a construção de um “novo tempo” para o estado e para o país. A partir desse momento, com apoio de lideranças nacionais, Eduardo Girão busca se consolidar como alternativa viável da direita ao Palácio da Abolição.

 

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Protagonismo de Michelle

Recebida com empolgação pelo público, em seu discurso, Michelle Bolsonaro defendeu a união da direita e elogiou a atuação parlamentar de Girão.

O ato, porém, evidenciou também tensões internas no PL. O deputado André Fernandes, aliado de Bolsonaro, tem dialogado com Ciro Gomes (PSDB-CE) como uma possível estratégia para enfrentar o PT, que governa o estado sob Elmano de Freitas. De acordo com André, a hipótese de aliança recebeu sinalização positiva do líder do partido, Valdemar Costa Neto – e do próprio ex-presidente – que classificou Ciro como um “fenômeno”.

Michelle, entretanto, rejeita a articulação. “Fazer aliança com um homem que é contra o maior líder da direita? Isso não dá”, afirmou ela, mencionando declarações de Ciro contra Bolsonaro.

O tom predominante, no entanto, foi de críticas ao governo Lula e de apoio explícito ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com gritos de “Bolsonaro livre” registrados em vídeo divulgado pela senadora Damares Alves.