Metrô do Rio De Janeiro

O governo do Rio de Janeiro apresentou nesta segunda-feira (9) um dos projetos de infraestrutura mais ambiciosos das últimas décadas: a expansão do sistema metroviário fluminense com a construção de 31 novas estações, somando 44 quilômetros de trilhos. A proposta envolve a ligação entre Estácio e Praça XV, que vai ligar a capital a São Gonçalo, via Niterói — e a ampliação da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes.

Com investimentos estimados em R$ 28,8 bilhões, o plano representa mais do que uma reestruturação do transporte urbano: é um movimento político estratégico que simboliza a aproximação e a colaboração entre os governos estadual, municipal e federal.

“Chegamos a este momento após muito trabalho e articulação entre os entes federativos. Essa é uma iniciativa que vai sair do papel e gerar resultados reais para o nosso estado”, afirmou o secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis, ao apresentar os estudos técnicos elaborados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Movimento político estratégico

A proposta de expansão do metrô é vista como uma resposta concreta à crescente demanda por transporte público de qualidade na Região Metropolitana, sobretudo nas cidades historicamente negligenciadas, como São Gonçalo, o segundo maior município do estado.

A previsão é de que as obras comecem após o início dos processos de licitação, previsto para 2026, com os primeiros trechos operacionais a partir de 2031. A conclusão do projeto está estimada para 2032.

O projeto será viabilizado por meio de parcerias público-privadas (PPPs) e financiamento do BNDES, com participação ativa dos governos estadual, municipal e federal. A presença do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, no anúncio oficial foi interpretada como um gesto de respaldo político da União ao governo Cláudio Castro (PL), num momento de reforço da cooperação federativa.

“Nosso objetivo é facilitar o dia a dia da população, encurtar distâncias e garantir um transporte público de mais qualidade. Essa é uma união de esforços entre governo federal, governo do estado e prefeituras para transformar a mobilidade e a qualidade de vida da população”, declarou o ministro.