Governadores de GO, PR, RS E SP estiveram em debate do banco BTG Pactual. Foto: Divulgação

Os governadores de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente, Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Jr.(PSD), Eduardo Leite (PSD) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), debateram, nesta quarta (13), o cenário do agronegócio brasileiro em fórum do banco BTG Pactual, em São Paulo. Os quatro, que são considerados presidenciáveis em 2026, teceram críticas à gestão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defenderam renovação política.

Para Tarcísio de Freitas, o país vive uma “crise moral” mais grave que a fiscal. “O Brasil não aguenta mais excesso de gasto. O Brasil não aguenta mais, não tolera mais aumento de imposto. O Brasil não aguenta mais corrupção. O Brasil não aguenta mais o PT. O Brasil não aguenta mais o Lula”, disse enfático. Na fala, citou também ações de sua gestão como a privatização da Sabesp, a PEC de desvinculação de receitas da Educação e medidas na Cracolândia, além de defender reformas como a desvinculação de receitas e revisão de benefícios tributários.

Ronaldo Caiado endureceu as críticas ao presidente Lula chamando-o de “anão na política”, além de acusar o governo de promover irresponsabilidade fiscal e divisões sociais.

O gaúcho Eduardo Leite, na linha mais moderada, defendeu reformas fiscais equilibradas, preservando programas sociais, e citou medidas como a extinção do quinquênio e ajustes previdenciários. Para Leite, é preciso “virar a página” e atrair investimentos com estabilidade política.

Ratinho Júnior, por sua vez, elogiou a “nova safra de governadores” e defendeu a industrialização do agronegócio, mas também criticou a “falta de planejamento e diplomacia”, apontando-os como entraves ao desenvolvimento.

Olho nas eleições

O encontro promovido pelo BTG, com mediação do ex-secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e apresentação do banqueiro André Esteves, evidenciou a articulação desses nomes para a disputa presidencial de 2026. Além das críticas à gestão de Lula, as falas giraram em torno de propostas de reformas estruturais e medidas de gestão, com ênfase em temas fiscais e econômicos.