Articuladores do evento garantem que Bolsonaro, apesar do quadro frágil de saúde, marcará presença Foto: Fotos Públicas

A mobilização em torno do ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para este domingo, 29, na Avenida Paulista, em São Paulo, ganha força com o apoio de lideranças estaduais e municipais. O vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), que assume a prefeitura interinamente enquanto Ricardo Nunes cumpre agenda na Itália, está pessoalmente engajado no chamamento de prefeitos da Grande São Paulo e do interior para fortalecer o evento. Entre os municípios convocados estão Araraquara, Atibaia, Santo André e Diadema.

Com o slogan “justiça já”, o ato expande seu foco para além da anistia aos réus pelos atos de 8 de janeiro e passa a criticar pontos como a prisão do ex-ministro Gilson Machado, o andamento do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado pelo STF e as recentes medidas de descontos nas aposentadorias feitas por sindicatos. O pastor Silas Malafaia atua como principal articulador e garante que Bolsonaro, embora tenha enfrentado problemas de saúde recentemente, estará presente.

O cenário político às vésperas da manifestação é tenso. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes definiu prazos para as alegações finais no caso que investiga o ex-presidente por suposta tentativa de golpe de estado, o que põe Bolsonaro em foco no debate nacional. A participação ativa de governadores e prefeitos indica um esforço de construção de uma base de apoio mais organizada, articulada nos níveis municipal e estadual.

A expectativa dos organizadores é que o ato leve centenas de milhares de pessoas à Paulista, reforçando a presença de Bolsonaro no cenário político nacional e delineando os contornos da oposição para os próximos capítulos da arena eleitoral.