Luizianne Lins está em flotilha humanitária, com Thiago Ávila e Greta Thunberg, que ia em direção à Faixa de Gaza. Foto: Reprodução/Instagram

Diversas autoridades se manifestaram nessas quarta (1º) e quinta-feira (2) após a notícia de que a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está entre os brasileiros embarcados na Flotilha Global Sumud interceptada pela Marinha de Israel. O grupo levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, na Palestina, região em guerra com Israel. 

A flotilha Global Sumud reúne cerca de 40 embarcações e mais de 500 voluntários de diferentes países. O objetivo era furar o bloqueio marítimo imposto por Israel e entregar alimentos, água e medicamentos à população de Gaza, que enfrenta grave crise. 

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), indicou “preocupação com a notícia da interceptação do barco que levava a deputada Luizianne Lins” e afirmou ter “entrado em contato com o Governo Federal para que todo o apoio necessário seja prestado”. “Toda a minha solidariedade neste momento”, desejou Elmano. O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), endossou a fala do governador.

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, divulgou nota oficial ainda na noite de quarta (1º), a qual diz que “o governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”.

A chancelaria reiterou ainda “exortação pelo levantamento imediato e incondicional de todas as restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza” e informou que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv mantém contato permanente para prestar assistência consular.

Outros nomes

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também relatou que solicitou ao chanceler Mauro Vieira que “o Itamaraty preste todo o apoio necessário para que a parlamentar e os demais cidadãos brasileiros recebam proteção consular”.

Em plenário, o deputado reforçou que “o compromisso é assegurar os direitos da deputada e dos demais brasileiros nesse episódio delicado”.

O ministro da Educação, Camilo Santana, cearense e correligionário de Luizianne prestou solidariedade e afirmou que “seguirá acompanhando os esforços empreendidos pelo Governo do Brasil para que sejam garantidos todos os direitos e a integridade da missão”.

Já o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Romeu Aldigueri (PSB), enfatizou que “já chega de tanta violência, venha de onde vier”.