Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está exercendo o terceiro mandato presidencial. Foto: Agência Brasil

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revela que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, o maior patamar desde o início do terceiro mandato em janeiro de 2023.

A aprovação, por sua vez, caiu para 40%, o menor índice registrado até o momento. A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o Brasil, e possui margem de erro de dois pontos percentuais.

A avaliação negativa do governo também subiu, alcançando 43%, enquanto a positiva caiu para 26%. Além disso, 61% dos entrevistados acreditam que o Brasil está na direção errada, um aumento em relação aos 56% registrados em março e 50% em janeiro.

Comparações

A pesquisa indica que 56% dos entrevistados consideram o atual mandato de Lula pior do que os anteriores, enquanto 20% o veem como melhor e outros 20% acreditam que está igual. Em comparação com o governo de Jair Bolsonaro, 44% afirmam que a gestão atual é pior, 40% dizem que é melhor e 13% não veem diferença.

Um dado significativo é que 70% dos pesquisados acreditam que Lula não cumpriu as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2022. Apenas 25% afirmam que o presidente já as cumpriu, enquanto 5% não souberam ou não responderam.

Impacto dos escândalos

O escândalo envolvendo as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também impactou negativamente a imagem do governo. Segundo a pesquisa, 31% dos entrevistados consideram o governo Lula o principal responsável pelos desvios bilionários no INSS. Além disso, metade dos entrevistados apoia a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacionalpara investigar o caso.

Desempenho por Região

A aprovação ao governo Lula apresentou variações regionais. No Nordeste, 54% aprovam a gestão, enquanto 44% desaprovam. Já no Sudeste, a desaprovação chega a 64%, no Sul a 62% e no Centro-Oeste/Norte a 55%.

Entre os católicos, pela primeira vez, a desaprovação (53%) supera a aprovação (45%). Entre os evangélicos, a desaprovação é ainda maior, atingindo 66%, com apenas 30% de aprovação.