Ministro Haddad e Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite dessa quarta-feira, 27, ter explicado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a administração do país corre risco, caso a medida do governo que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na semana passada, seja derrubada pelo Congresso Nacional.

Haddad jantou com Motta e Davi Alcolumbre para tentar conter a reação negativa contra o IOF e a ameaça de alguns grupos de parlamentares de aprovar Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) para anular os efeitos da norma.

O ministro da Fazenda Haddad afirmou ainda ter explicado a Alcolumbre e a Motta que, se o aumento do IOF não for levado adiante, serão necessários mais cortes do Orçamento da União.

O ministro conversou com jornalistas ao deixar a reunião com os presidentes das duas Casas legislativas, realizado na residência oficial da Câmara Federal.

“Expliquei os impactos de uma eventual rejeição da medida. Isso acarretaria um contingenciamento adicional, e ficaríamos num patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública”, afirmou Fernando Haddad.

O governo não pensa em revogar a medida que aumentou o IOF. Essa possibilidade não foi discutida com os presidentes da Câmara e do Senado, disse Haddad.

“O que está sendo discutido é como tratar o tema com responsabilidade, olhando para o equilíbrio fiscal e institucional do país”, acrescentou.

Fonte: site UOL.