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O Hospital do Coração de Sobral vem sofrendo com escassez de medicamentos e constantes atrasos salariais. Devido à problemática e o risco de não conseguir atender a população de maneira adequada, os médicos que atuam nos serviços de hemodinâmica e cardiologia intervencionista do Hospital, informaram que vão paralisar suas atividades a partir do mês de julho. O comunicado foi enviado ao Sindicato dos Médicos do Ceará, encaminhado à direção do hospital, à Secretaria de Saúde de Sobral e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec).

Os profissionais da saúde já relataram sucessivas faltas de medicações antianginosas, essenciais para o tratamento dos pacientes com problemas cardíacos, entre outros insumos para os diversos quadros clínicos atendidos. A falta de manutenção nos equipamentos gerou ainda a saída de vários médicos e do diretor clínico e técnico do local, alegando a ausência de condições adequadas de trabalho. Entre as justificativas para a entrega das escalas dos profissionais, estão também a ausência de pagamento desde novembro de 2022.

Na tentativa de regularizar a situação, o Sindicato dos Médicos solicitou à 2ª Promotoria de Justiça de Sobral e da Promotoria de Defesa da Saúde Pública uma intervenção municipal ou estadual, com o objetivo de garantir que o Hospital do Coração de Sobral possa retomar suas atividades plenamente, com uma gestão eficiente, o pagamento regular dos profissionais de saúde e a preservação dos serviços essenciais oferecidos à população.

“O Hospital do Coração de Sobral, referência em cardiologia clínica, cirúrgica e hemodinâmica em todo o Ceará, está enfrentando uma situação preocupante, que interfere diretamente no atendimento à população. As condições de trabalho chegaram a um nível insustentável, provocando a exaustão dos profissionais, o que tem refletido na entrega de escalas e sério risco de fechamento, pois não há meios para a população ser atendida, bem como para os médicos trabalharem”, explica Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

Em apoio ao HCS, o Sindicato também lançou nas redes sociais a campanha “A vida não pode esperar”, com o intuito de conscientizar a importância do serviço prestado pelo hospital e com o apelo pela resolução das pendências por meio dos órgãos responsáveis. Além disso, a entidade pediu aos órgãos que procedam com as intervenções necessárias para preservar a saúde e o bem-estar dos cidadãos que dependem do centro de atendimento cardíaco.