Câmara dos Deputados
Hugo Motta avalia representações contra deputados por excessos em protesto no Plenário
Por Julia Fernandes Fraga - Em 08/08/2025 às 5:31 PM

Deputados bolsonaristas tentaram impedir andamento das atividades no plenário da Câmara, ocupando a Mesa Diretora. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avalia afastar os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC) por um período de seis meses, além de aplicar advertências a outros parlamentares envolvidos no motim que tentou impedir o funcionamento do plenário da Casa esta semana. Entre essas quinta (7) e sexta-feira (8), Motta recebeu os nomes dos principais envolvidos e está analisando um ofício enviado por PT, PSB e PSOL, no qual se solicita a suspensão de cinco parlamentares, incluindo, ainda, Marcel van Hattem (Novo-RS) e Júlia Zanatta (PL-SC).
Hugo Motta pretende encaminhar, nesta sexta, uma lista de nomes ao Conselho de Ética da Câmara, e disse defender uma punição “pedagógica” aos deputados de oposição que ocuparam o plenário. O parlamentar afirmou que a ala política “extrapolou tudo aquilo que poderia ser o limite do razoável”. O presidente da Câmara definiu o episódio como “muito grave” e disse que nunca tinha se visto um movimento feito desta forma. Segundo ele, o entendimento de que a oposição extrapolou limites é “majoritário”.
Hugo Motta reforçou, porém, que o conflito foi resolvido sem uso da força. “Muitos confundem nossa ação com uma que poderia ser mais enérgica, que poderíamos ter usado a força, e estou certo que tomei a decisão correta”, afirmou. Ele ressaltou que jamais considerou empregar força física, já que o ato envolvia parlamentares, e não uma invasão externa ao Parlamento.
Para Motta o movimento da oposição é parte de um momento atípico no País, marcado por crises institucionais, tensões entre os Poderes e um cenário internacional desafiador.
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