tensão política
Hugo Motta envia à Corregedoria pedidos de afastamento de 15 deputados após motim na Câmara
Por Marlyana Lima - Em 09/08/2025 às 12:40 AM

Hugo Motta
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, encaminhou à Corregedoria da Casa os pedidos de afastamento, por até seis meses, de 14 parlamentares da oposição envolvidos no motim ocorrido no Congresso Nacional e de uma deputada acusada de agressão. As medidas, que ainda precisam ser votadas pelo Conselho de Ética, foram decididas pela Mesa Diretora da Câmara nesta sexta-feira (8).
A lista inclui, majoritariamente, nomes do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo, que participaram da ocupação da Mesa Diretora e impediram a retomada dos trabalhos legislativos. Já a deputada do PT foi denunciada por agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Os parlamentares citados são: Marcos Pollon (PL-MS); Zé Trovão (PL-SC); Júlia Zanatta (PL-SC); Marcel van Hattem (Novo-RS); Paulo Bilynskyj (PL-SP); Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); Nikolas Ferreira (PL-MG); Zucco (PL-RS); Allan Garcês (PL-TO); Caroline de Toni (PL-SC); Marco Feliciano (PL-SP); Bia Kicis (PL-DF); Domingos Sávio (PL-MG); Carlos Jordy (PL-RJ); e Camila Jara (PT-MS).
Em nota, a Secretaria-Geral da Mesa informou: “A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”.
Após a análise das imagens pela Corregedoria, os processos retornarão à Mesa Diretora e, posteriormente, seguirão para o Conselho de Ética.
Acusações e defesas
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou um ofício pedindo abertura de processo disciplinar e suspensão cautelar de cinco parlamentares bolsonaristas. Deputados oposicionistas, por sua vez, solicitaram a suspensão de Camila Jara.
Marcos Pollon, último a deixar a cadeira da Presidência, é acusado de impedir a retomada dos trabalhos e de ter xingado Motta dias antes. Ele afirma, em redes sociais, ser “autista” e que não entendeu o que acontecia, dizendo que sentou na cadeira para pedir conselhos a Van Hattem.
Zé Trovão é acusado por PT, PSB e PSOL de tentar impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa. Em plenário, negou incentivo à violência e disse que apenas tentou evitar que parlamentares fossem retirados à força.
Júlia Zanatta é acusada de usar a filha de quatro meses como “escudo” e expor a criança a risco. Ela declarou anteriormente que parlamentares de esquerda “odeiam as mulheres e a maternidade”.
Paulo Bilynskyj teria “tomado de assalto e sequestrado” a Mesa Diretora e ocupado a Comissão de Direitos Humanos, além de agredir o jornalista Guga Noblat.
Marcel van Hattem também é acusado de “sequestrar” a cadeira da presidência. Em resposta, publicou um trecho do Hino Nacional e afirmou que eventual suspensão seria um golpe.
A deputada Camila Jara é acusada de empurrar Nikolas Ferreira. Sua assessoria nega agressão, afirmando que houve um “empurra-empurra” no qual ela apenas afastou o parlamentar, que teria se desequilibrado.
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