Brasileiros tripulantes da Global Sumud estão na Jordânia, de onde partirão de volta ao Brasil. Foto: Global Sumud Flotilla/Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou na manhã desta terça-feira (7) que os 13 brasileiros que integravam a Flotilha Global Sumud — entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) — foram conduzidos pelas autoridades israelenses até a fronteira com a Jordânia, para deportação. A liberação do grupo ocorre no mesmo dia em que se completam dois anos da escalada de violência na guerra em Gaza.

Segundo o Itamaraty, diplomatas das embaixadas em Tel Aviv e em Amã receberam os ativistas, que seguem para a capital jordaniana em veículo providenciado pela embaixada brasileira.

Além da deputada, integram o grupo Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, a vereadora Mariana Conti, Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, João Aguiar e Miguel Castro.

De acordo com o Movimento Global à Gaza, a liberação foi comunicada ao Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel (Adalah) ainda na noite de segunda-feira (6). Os brasileiros estavam detidos na prisão de Kesdiot, no deserto de Negev, entre Gaza e o Egito.

Os ativistas foram levados pela Ponte Allenby/Rei Hussein até a fronteira com a Jordânia, sem direito a comunicação ou acompanhamento diplomático. O apoio consular passou a ser prestado após a chegada ao país vizinho.

A delegação foi interceptada quando tentava romper o bloqueio a Gaza com ajuda humanitária em cerca de 50 embarcações. A ação de Israel, em águas internacionais, foi considerada ilegal pelo governo brasileiro, que notificou o país formalmente.