Na Organização Internacional do Trabalho

Lula defende taxação dos super-ricos e combate à fome na OIT

Por Redação In Poder - Em 13/06/2024 às 5:11 PM

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Foto: Divulgação

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou nesta quinta-feira, 13, no encerramento do fórum inaugural da Coalizão Global para a Justiça Social, durante a 112ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça. Lula destacou a relação entre bem-estar social e compromissos ambientais, além de defender a colaboração entre capital e trabalho para reduzir desigualdades sociais.

Lula ressaltou a relevância da OIT diante dos desafios atuais e explicou a importância da coalizão para implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8), que visa Trabalho Decente para Todos, não está avançando na velocidade necessária. Ele também mencionou o aumento do trabalho informal e a queda na renda dos menos escolarizados como problemas persistentes.

O presidente enfatizou a necessidade de um papel mais ativo do Estado no planejamento do desenvolvimento e criticou a “mão invisível do mercado” por agravar desigualdades. Ele defendeu a taxação dos super-ricos e a justiça social como prioridades da presidência do Brasil no G20. Segundo Lula, é fundamental discutir emprego e renda em conjunto com economia e finanças para alcançar uma globalização mais humana.

Lula também abordou a importância da preservação ambiental, destacando que o bem-estar da população está diretamente ligado ao compromisso com o meio ambiente. Ele defendeu que as florestas tropicais sejam vistas como oportunidades para o desenvolvimento sustentável e a industrialização verde, beneficiando trabalhadores locais.

O presidente sublinhou a importância da transição digital, afirmando que políticas voltadas para o desenvolvimento de habilidades digitais e sustentáveis serão essenciais em uma economia global descarbonizada. Ele alertou que a inteligência artificial deve beneficiar a todos, não apenas os países mais desenvolvidos, para evitar a perpetuação de desigualdades.

Por fim, Lula destacou a importância da Coalizão Global para a Justiça Social e defendeu uma representação mais igualitária dos países em desenvolvimento nos organismos de governança global. Ele afirmou que o Brasil trabalhará pela ratificação da Emenda de 1986 à Constituição da OIT, que propõe eliminar os assentos permanentes dos países mais industrializados no conselho da organização, promovendo uma governança mais democrática e inclusiva.

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